Especialistas
dizem que as chances de contágio são reduzidas, ainda mais aliadas ao
distanciamento social e uso de máscaras
Mesmo com alta
nos casos de covid-19 em todo o país, a prática de lazer e atividades físicas
ao ar livre, em parques e praias, é benéfica à saúde. Mas qual é o risco de
frequentar ruas, praias e parques? Infectologistas dizem que o contágio pode
ocorrer ao ar livre, mas as chances são muito reduzidas. Isso porque o ar livre
dispersa e dilui o vírus. Mas sempre há chances de ocorrer infecções em
ambientes externos.
O risco de ser
infectado ao passar rapidamente ao lado de um corredor ou ciclista em um parque
ou praia não é alto, pelo menos na ausência de um espirro ou tosse, e é ainda
mais baixo à distância. As atividades solitárias transmitem menos partículas
que os esportes coletivos ou as brincadeiras na água, explica a Dra. Maura
Salaroli de Oliveira, gerente médica da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar do Hospital Sírio-Libanês. “Ir sozinho ou com as pessoas da sua
bolha de quarentena minimiza o risco.”
Outro cuidado é
não fazer das atividades ao ar livre um motivo de aglomeração e de estar muito
próximo com aquelas pessoas que não fazem parte do nosso círculo de convívio
habitual. “Então é preciso manter o distanciamento de 1,5 m das pessoas, usar
máscaras e a higienização das mãos", complementa a médica.
Os parques
também têm se mostrado um ambiente tranquilo e seguro. Os brinquedos para as
crianças atraem as famílias, que muitas vezes residem em apartamentos. Mesmo
com um lockdown extremamente rigoroso, a Inglaterra sempre permitiu que as
pessoas frequentassem parques, por 30 minutos por dia. Por fim, a
infectologista aconselha que, enquanto a doença não é controlada de forma
definitiva, o recomendando é evitar lugares aglomerados, em especial aquelas
pessoas que pertencem ao grupo de risco para a covid-19.
Impactos na
saúde mental
Com a pandemia
prestes a completar um ano, as pessoas que trabalham diariamente em home office
relatam sentir a necessidade de descansar. A coordenadora da Unidade de
Psicologia do Hospital Sírio-Libanês, Daniela Achette, recomenda o lazer
e a socialização com cuidado. “O lazer é um fator protetivo para nossa saúde
mental, uma vez que proporciona descanso, divertimento e desenvolvimento”. Para
isso, ela indica ambientes abertos livres, espaços ventilados e enfatiza a
necessidade do uso das máscaras, trocá-las após três horas de uso ou quando
começarem a sentir umidade nelas e ter sempre álcool em gel. Segundo a
psicóloga, apesar de necessário, o período de isolamento social intensificou um
quadro de problemas psicológicos no país, como o humor deprimido, as alterações
no sono, apetite, conflitos familiares, insônia, medo, irritabilidade, a
sobrecarga emocional e a exaustão mental.
Sociedade
Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
Nenhum comentário:
Postar um comentário