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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Você sabia que a mastite tem outras causas além da lactação?

Pega correta e frequência do aleitamento ajudam a evitar casos de mastite lactacional 
@jverdin20 via Twenty20

Doenças autoimunes e outras infecções também podem afetar as glândulas mamárias


A mastite é uma inflamação das glândulas mamárias muito comum durante o aleitamento materno, mas o que muita gente não sabe é que existem outras causas e que o problema pode ocorrer inclusive em homens e crianças. “A mais comum é a lactacional, mas temos tipos causados por bactérias, como a tuberculose e a hanseníase, por fungos, vírus e parasitas, e por doenças sistêmicas, como Lupus e Diabetes Mellitus”, indica a mastologista credenciada da Paraná Clínicas, Dra. Pâmela Bioni (CRM-PR 30.512, RQE 25.982). 

Os sintomas são bem parecidos: dor, vermelhidão e calor nas mamas, com nódulos ou áreas endurecidas, febre e, em casos mais graves, abertura de feridas com pus. O diagnóstico depende da análise física e do histórico da paciente. “Pode ser necessário realizar alguns exames complementares, como ecografia mamária, cultura de secreção e até biópsia em casos selecionados, para entender a origem e escolher a abordagem mais adequada para tratar e evitar novos episódios. O tratamento pode variar, mas geralmente é feito com antibiótico, anti-inflamatório e analgésico, para aliviar a dor”, completa a médica.

 

Prevenção

As mastites lactacionais são comuns nos primeiros três meses de amamentação e têm relação direta com a pega do mamilo pelo bebê e a quantidade de leite produzido pela mãe. Quando o posicionamento não é feito de forma adequada, por exemplo, podem ocorrer fissuras nos mamilos, criando assim uma porta extra para entrada de bactérias.

“Ficar muito tempo sem amamentar é uma das principais causas de ingurgitamento. Além disso, o esvaziamento incompleto da mama, o uso de bicos de silicone e de sutiãs muito apertados também estão entre os erros mais comuns”, aponta a enfermeira do Programa Priori, da Paraná Clínicas, Paula Cristina Zanardo (Coren-PR 97.347). Especialista em amamentação, Paula atende muitos casos de mastite. “E quando recebemos as mulheres na fase inicial, conseguimos evitar o desenvolvimento de complicações e o desmame precoce”, conta.

Em consultório, a enfermeira orienta a massagem da área afetada, com movimentos circulares, para aliviar a dor e a pressão sobre as mamas. “É importante não aplicar calor, porque o calor estimula ainda mais a produção de leite. O ideal é fazer compressa fria”, indica. “Essas medidas são importantes porque ajudam a evitar a infecção”, completa Dra. Pâmela. Segundo as especialistas, mesmo quando a mãe apresenta febre e recebe o diagnóstico de mastite infecciosa, é importante manter o aleitamento. “O leite não precisa ser descartado, pois não está contaminado e não vai fazer mal ao bebê. A mulher pode e deve continuar amamentando normalmente”, enfatiza a enfermeira.

 


Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


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