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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Verão além do câncer de pele

Apesar de ser o tipo de câncer com maior incidência no Brasil, uma campanha de empoderamento dermatológico vem ganhando força nas redes sociais. 

 

Os meses de dezembro e janeiro são aquelas épocas do ano em que todo mundo aguarda, seja por conta do verão, das férias ou das festas de final de ano. Apesar do momento em que estamos atravessando e das restrições na tentativa de conter o aumento de casos do coronavírus, vimos que os movimentos nas praias foram intensos. 

Justamente no período de temperaturas elevadas, acabamos por relaxar no cuidado da pele, e as estatísticas falam por si. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo da doença com maior incidência no Brasil. Estima-se que sejam registrados mais de 183 mil novos casos, tendo 96% dos diagnósticos menos agressivo, e 4% sendo mais agressivo, conhecido como melanoma. 

Embora os cânceres de pele do tipo melanoma indicam uma baixa taxa dos casos mais agressivos da doença, 43% das mortes por tumores cutâneos são oriundos do melanoma, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. 

A pandemia do coronavírus afastou a população das clínicas dermatológicas. Por conta do medo de contrair a covid-19, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), de janeiro a setembro deste ano, houve uma queda de 48% na busca por atendimento para diagnóstico de câncer de pele, em comparação no número de exames realizados em 2019. 

Ao adiar o diagnóstico do câncer de pele, as consequências desse problema poderão ser observadas à médio e longo prazo. Especialistas temem por um inchaço no atendimento de pacientes nos primeiros meses de 2021. 

Diagnosticar uma doença de pele precocemente, seja um câncer do tipo melanoma, aumentam as possibilidades de um tratamento mais efetivo e, consequentemente, as chances de cura. O diagnóstico mais tardio ou a interrupção do tratamento, pode complicar o resultado positivo que se esperava. 

A maior preocupação dos especialistas, neste cenário de pandemia, é conseguir identificar uma doença de pele em seu estágio inicial. Sabe-se que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em mais de 90%, mesmo em casos de câncer melanoma. Segundo a médica dermatologista Dra. Alexandra Pedra, “a telemedicina ajudou muito nesse sentido, pois agora o paciente pode ser cuidado no conforto da sua casa. Além do mais com o uso de ferramentas como WhatsApp e e-mail é possível dar continuidade ao cuidado de pacientes com doenças crônicas sem que precisem interromper suas medicações. Mas para aqueles pacientes que não tem acesso a essa forma de atendimento, isso poderia acarretar prejuízo na saúde por falta de medicações e exames necessários em doenças crônicas”. 

 

A pele dá sinais 

Toda doença pele, sem exceção, pode ser identificada através de uma simples consulta no dermatologista. Basta ficar atento aos sinais que a pele dá! A famosa Regra ABCDE ajuda pessoas a se autoexaminarem quando encontram uma anomalia em sua pele. 

A Regra ABCDE é um método simples para facilitar a identificação de uma pinta, mancha ou sinal de suspeita de câncer de pele. Há 2 tipos de câncer de pele, conhecidos como melanoma, sendo o mais agressivo, e não-melanoma, tendo a maioria dos casos diagnosticados no país. 

Na Regra ABCDE, fique atento. 

A – Assimetria: um lado do sinal é diferente da outra; 

B – Bordas irregulares: contorno mal definido; 

C – Cor variável: a mesma lesão pode apresentar diversas cores (preto, vermelho, branca, castanha ou azul); 

D - Diâmetro: maior do que 5mm (normalmente é maior do que uma pinta comum); 

E - Evolução: alteração de tamanho ou cor. 

Vale ressaltar que mesmo possuindo uma destas características, somente a avaliação de um profissional adequado poderá identificar se é ou não um câncer de pele. 

 

Empoderamento dermatológico 

Apesar do câncer de pele ser a doença mais comum entre a população, sendo tema principal na campanha Dezembro Laranja, há um movimento crescendo nas redes sociais sobre a saúde da pele. 

A campanha da Singular Medicamentos “Liberte sua pele, vista sua melhor poesia” aborda a saúde da pele de forma em geral, levantando questões sobre vitiligo, psoríase, dermatite atópica, entre outras doenças de pele, além de conscientizar e trazer depoimentos reais de quem convive com estas doenças. 

“No início, imaginávamos uma campanha de fechamento de ano, conscientizando a sociedade sobre os cuidados e prevenções contra o câncer de pele. Mas durante as reuniões de pauta, percebemos que a saúde da pele vai além do câncer, e sentimos a necessidade de abordar também as doenças de pele, como vitiligo e psoríase, por exemplo”, afirma Thais Miraldo, gerente de marketing da Singular Medicamentos. 

O projeto trouxe diversas pacientes com problemas de pele para abordar questões sobre a doença, aceitação de pele e discriminação, além da palavra de especialistas dermatológicos apontando as formas de tratamento e boas práticas no cuidado da pele em pacientes com condições dermatológicas. 

Normalmente, algumas doenças dermatológicas surgem durante a infância, como o caso da dermatite atópica. Em contrapartida, Naiara Pereira desenvolveu a vitiligo entrando na fase adulta, em decorrência de alguns traumas psicológicos. Hoje, ela leva uma vida normal, apesar de passar por certas situações desagradáveis. “As pessoas estranham que eu vou à praia com vitiligo e que não tenho vergonha de me expor, que eu tenho um trabalho bom, que viajo e falo outros idiomas, como se a minha condição dermatológica afetasse minhas escolhas acadêmicas. Eu vejo como uma discriminação como se o vitiligo afetasse minha capacidade de aprender”, conta Naiara. “Recentemente, eu afirmei ser branca em uma rede social e um rapaz comentou que eu não era branca, mas eu ia ficar por conta do vitiligo. Minha etnia nova seria vitiligo. Há tanta informação e tanta gente sem acesso a tantas informações”, conclui. 

Nos dias atuais, os movimentos criam uma rede de comunicação muito forte, dando oportunidades para as pessoas demonstrarem sua verdadeira faceta. “Acho importante campanhas, ainda mais as que tratam assuntos relacionados a doenças dermatológicas, pois despertam a consciência que todos precisam ser orientados. Seja de um apoio psicológico, uma orientação quanto a exposição, os cuidados com a pele, se a doença pode ou não ser transmissível, e o risco que a ausência dessas informações pode interferir na vida social de cada indivíduo”, afirma Naiara. 

“Um diferencial da campanha é que também abordamos sobre a pele dos pets. Sabemos que é muito comum o cão ou o gato desenvolver uma doença de pele, seja alergia ou uma dermatite. Convidamos médicas veterinárias para comentaram sobre estas doenças, e dar dicas aos tutores dos pets de como eles precisam lidar com isso”, comenta Thais. 

 

Campanha recebe apoio de empresa de dermocosméticos 

empresa espanhola Sesderma também vem apoiando este projeto da Singular Medicamentos. Conhecida mundialmente pela utilização de nanotecnologia em produtos para tratamento de pele, a Sesderma embarcou no Brasil trazendo novidades diferenciadas através dos seus produtos. 

empresa é uma gigante na produção de produtos na linha dermatológica, e tem como diferencial a nanotecnologia, que aumenta a capacidade de ativação das substâncias encontrada em seus produtos. Vale salientar a que empresa utiliza de materiais orgânicos, ou seja, livres de materiais industrializados que possam causar efeitos colaterais e alergias. Segundo William Dias, representante da companhia aqui no Brasil, “a Sesderma conseguiu colocar os princípios ativos em cápsulas incrivelmente pequenas que conseguem ultrapassar as camadas mais difíceis da pele e chegar até a região onde este ativo precisa atuar “. 

Mais do que um conceito, a marca traz consigo uma experiência diferenciada dos produtos aqui comercializados. “A Sesderma traz uma inovação que pode realmente impactar no tratamento de problemas relacionados a pele de maneira mais rápida, eficaz e segura. Os europeus também trabalham muito a prevenção de danos e problemas dermatológicos e a Sesderma acabou trazendo este conceito em sua gama, produtos e irá levar ao mercado brasileiro este pensamento inovador de prevenir danos em nossa pele como é o caso dos produtos da linha SESGEN 32, que diferente de tudo o que há no mercado atual, esta linha atua diretamente sobre a genética do problema. Um sistema de prevenção realmente único no Brasil”, conclui William. 

Atualmente, as marcas têm se posicionado fortemente em campanhas preventivas e ações que chamem a atenção da sociedade. Hoje, muitas empresas tomam rumos essenciais em ações que beneficiam o crescimento da marca, mas por hora, esquecem que o principal conceito destas campanhas é levar informações e conhecimento para a população.  

Uma marca deve, muito além, de ser uma referência em determinado segmento ou nicho, ser uma transformadora da visão do assunto que ela domina. Os laboratórios podem e devem trabalhar para levar conhecimento aos pacientes sobre seus problemas, sejam eles quais forem, em parceria com médicos, órgãos públicos, entidades privadas e com seus parceiros comerciais inclusive, levando informação a este público de maneira correta e objetiva”, complementa William. 

 

Cuidados da pele além do verão 

Normalmente, as pessoas acabam esquecendo a proteção da pele. É muito comum lembramos de passar o protetor solar só quando estamos na praia ou na piscina, mas a proteção da derme precisa ser realizada em todas as épocas do ano, e não somente no verão. 

Engana-se quem acha que a proteção da pele se resume somente no protetor solar. A higienização é um dos principais pilares no cuidado dermatológico, isso porque mantém a pele limpa dos poluentes em geral e, também, elimina agentes infecciosos acumulados no dia a dia. O acúmulo de sujeira na pele pode causar inflamações e no surgimento de acnes e cravos, além de contribuir para o envelhecimento da pele. 

Além disso, uma boa hidratação preserva os nutrientes da pele e a manutenção da derme, proporcionando maior naturalidade e evitando o ressecamento, envelhecimento, infecções e irritações. Vale salientar que a hidratação é indicada para todo tipo de pele, desde as mais oleosas até as ressecadas, levando em consideração a avaliação de um profissional dermatológico. 

Segundo o Dr. André Amado, médico especialista e parceiro da espanhola Sesderma, “a proteção solar deve ser feita com critério. Para pessoas de pele clara a recomendação é de uso diário, no rosto (não esquecer as orelhas), pescoço, dorso das mãos, antebraços, peito (lugar em que o decote faz um V)”.  

Cada tipo de pele tem sua proteção necessária e sofre efeitos diferentes dos raios UVs. Pessoas de pele escura tecnicamente possuem maior presença de melanina na pele, o que dá certa garantia de proteção contra os efeitos dos raios solares. “Para as pessoas mais morenas, separamos aquelas portadoras de manchas escuras e borradas na face e as sem melasma. Aquelas com melasma devem usar protetor solar com base, que evita a luz visível, com fator de proteção alto e contra UVA e UVB, e devem evitar o calor, seja do sol ou não. Para as pessoas mais morenas ou negras o protetor pode ser dispensado, no entanto se tiverem propensão a manchas deverão usar quando expostas ao sol”, afirma o Dr. André Amado. 

Segundo o especialista, a proteção deve se estender ao longo do dia, já que combate o envelhecimento e elimina toxinas responsáveis pelo surgimento de acnes e lesões na pele. “A finalidade é evitar o envelhecimento da pele causado pelo sol, as manchas solares, a queratose e o câncer de pele. Principalmente as pessoas de pele clara que sofrem mais com o sol, a pele vai se tornando fina e atrófica, e as rugas e flacidez aparecem”, conclui. 

 

Cuidados da pele no ambiente de trabalho 

O fato é que passamos mais tempo no ambiente de trabalho do que em nossa própria casa, e para aqueles que trabalham em escritórios, lojas, shoppings centers, e locais com muita iluminação artificial, fica também o alerta.  

Ao contrário do que muitos pensam, as luzes artificiais também podem afetar a saúde e qualidade da nossa pele. Isso porque as lâmpadas fluorescentes, conhecidas como “luz fria”, também emitem luminosidade semelhante à luz natural diária. Logo, apesar da incidência ser inferior à luz solar, elas também incidem raios UVB e UVA, podendo alterar a pigmentação da pele. 

 A Dra. Alexandra Pedra sinaliza o cuidado da pele também no ambiente de trabalho, “a luz visível, que são a luz branca, tela de computadores e celulares, está associada ao envelhecimento precoce e a piora de manchas. Além do mais, pessoas que trabalham em ambientes fechados, com roupas cobertas (sociais) podem desenvolver deficiência.


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