Com a vacinação, os brasileiros reforçam a esperança por dias
melhores, porém, o cenário econômico ainda pede cautela e uma postura
empresarial mais conservadora Cenário econômico ainda pede cautela e uma postura empresarial mais conservadora
Apesar do início da vacinação
contra a Covid-19 no Brasil ser um alento, o período é de muitas incertezas. É
fato que haverá longos meses pela frente para que toda a população esteja
imunizada e, com isso, a economia volte a trabalhar dentro da normalidade
esperada. Para 2021, o Ministério da Economia estima o crescimento de 3,2% do
PIB – Produto Interno Bruto. Ainda, de acordo com a Secretaria de Política
Econômica, o país tem três desafios econômicos pela frente: geração de emprego,
crédito e consolidação das contas públicas.
A alta na abertura de novas
empresas foi um fator positivo para o país, uma vez que mostrou a versatilidade
do povo brasileiro em driblar a crise e a aptidão empreendedora. Só em novembro
de 2020, foram abertas 297.810 empresas, totalizando 19.744.641 milhões de
empresas ativas em todo o território nacional.
“Certamente, essa tendência seguirá em 2021, motivada
principalmente pelo mercado digital. O fato é que milhares de brasileiros
perderam seus empregos e, de alguma forma, reinventaram-se. O empreendedorismo
é o futuro do mundo, mas para tanto, as pessoas precisam estar preparadas para
dar continuidade a este momento”, comentou o administrador,
contabilista e professor Carlos Afonso.
O que se esperar nos próximos meses?
Cenário econômico ainda pede cautela e uma
postura empresarial mais conservadora
O índice de contaminação da
Covid-19 aumentou drasticamente de dezembro/2020 para cá e o Brasil tem
registrado uma média móvel de mil mortes por dia. Fato este que leva os
governantes a tomarem medidas de prevenção drásticas, a exemplo do governador
de São Paulo João Doria, que na última sexta-feira (22), anunciou a regressão
para a fase laranja do Plano São Paulo, a segunda mais restritiva. Outras seis
regiões passaram para a fase vermelha, em que só atividades essenciais podem
funcionar.
“Até que se tenha a maioria dos brasileiros vacinados e a
efetiva imunização, vivemos essa volatilidade. Portanto, meu conselho é que
todos continuem trabalhando bastante, apostando em novas ideias e construindo
uma rede de relacionamento eficaz (networking). Não é momento para elevados
investimentos, é fundamental ficar de olho no fluxo de caixa com um
planejamento de longo prazo, para não deixar a reserva acabar”,
salientou professor Carlos. Ainda existem setores buscando fôlego, a exemplo de
evento e alimentação fora do lar.
O especialista afirma que a tão
sonhada normalidade ainda demora a chegar, e enquanto não houver sinais claros
sobre uma retomada econômica, as empresas segurarão as contratações de novos
funcionários e os investimentos que foram planejados. “Acredito
que esses sinais deverão surgir no segundo semestre”, avalia
professor Carlos.
Cenário macroeconômico
Aliado a vacinação, será
preciso avaliar várias questões: a reforma tributária (tão necessária ao nosso
país e aos empreendedores), os impactos do fim do Auxílio Emergencial no
consumo, a equação fiscal do país, o comportamento da taxa básica de juros, a
inflação associada a desvalorização do Real, condições de crédito e
inadimplência.
Para o empreendedor, sobretudo os MEI e ME, o Professor Carlos
orienta a não descuidar da gestão de caixa da empresa, bem como controlar de
forma intensiva os custos e as despesas do negócio, a fim de chegar da melhor
forma possível até o início do segundo semestre
“Em momentos críticos o caixa é rei. Ter liquidez é imprescindível para fazer frente aos compromissos, bem como superar essa fase. Tenha prudência e conservadorismo de modo a não comprometer o fluxo de caixa da empresa”, pontuou. Além disso, é fundamental conversar com um contador sobre o melhor regime tributário para 2021, com base no faturamento de 2020 e nas projeções do seu negócio para o ano.
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