Capital paulista completa 467 anos no próximo dia 25 de janeiro
Hoje,
segunda-feira, 25 de janeiro, a capital paulista comemora seu 467º aniversário.
A data foi instituída em homenagem a fundação do Colégio dos Jesuítas, em 1554,
considerado o Marco Zero da cidade.
Em
homenagem à São Paulo, o Centro de Memória Bunge (CMB), um dos mais ricos
acervos de memória empresarial do Brasil, relembra imagens preservadas em seu
acervo - de mais de 1,5 milhão de fotos, vídeos, documentos e peças – que
recontam a história da capital paulista.
Cinema
No
início do século XX, as produções cinematográficas eram contempladas ao ar
livre, com os chamados “cinemas de rua”. Em 1907, começaram a surgir as
primeiras salas de exibição, localizadas em avenidas como a São João e a Celso
Garcia, além de ruas como a Augusta, a Direita e a São Bento, na capital
paulista.
Ao chegar no Brasil, a Bunge, empresa de agronegócio e alimentos, também passa a difundir a Sétima Arte para a população paulistana por meio do Cine São Bento, sala de exibição inaugurada em 1927, no centro de São Paulo. A empresa, que já começava a diversificar seus negócios, também mostrava sua preocupação em difundir o cinema brasileiro entre seus colaboradores, propiciando momentos de diversão e lazer nas unidades e em eventos voltados para seus filhos e comunidades.
O CMB possui fotos e uma carta com
detalhes da compra e da reforma do casarão, assinada por João Ugliengo, um dos
nomes mais conhecidos da indústria paulista e responsável pela abertura do
cinema. O Cine São Bento fechou as portas em 1950 e, daquele período, resta
apenas a fachada, tombada como patrimônio cultural da cidade.
À esquerda, fachada do Cine São Bento, em 1927, e à direita, carta assinada por João Ugliengo, responsável pela abertura do cinema (Crédito: Arquivo do Centro de Memória Bunge) |
Industrialização e arquitetura industrial
A
história do desenvolvimento de São Paulo se mistura com as decisões dos donos
de grandes indústrias que, no século XX, chegaram à capital paulista e
estabeleceram o centro da cidade como polo administrativo de seus negócios,
iniciando o processo de urbanização dos bairros tradicionais como: Jaguaré,
Belenzinho, Mooca além de Brooklin, Cambuci, Água Branca e Tatuapé, onde foram
inauguradas as fábricas de tecidos, percussoras da indústria têxtil brasileira.
Na época, a Barra Funda passou a despertar interesse de muitas empresas, especialmente pela sua localização, no entroncamento ferroviário das estações da Estrada de Ferro Sorocabana, que ligava a capital ao interior, e São Paulo Railway, primeira ferrovia do Estado de São Paulo. A Moinho Santista, que produzia cereais, e a SANBRA, que fabricava óleo de algodão, estavam no grupo das primeiras indústrias que se instalaram na região. João Ugliengo, principal responsável pelos primeiros investimentos da Bunge no Brasil, foi responsável pela construção de fábricas de fiação e tecelagens; fábricas de óleo; fósforos; pregos e outros estabelecimentos subsidiários entre 1905 a 1942. A industrialização absorveu trabalhadores imigrantes e nacionais e, até meados do século XX, a Barra Funda era conhecida pelas vilas industriais. Hoje, a região é mais residencial e está na mira do mercado imobiliário
Fotografia da Fachada do deposito da S.A Santista 1957 – Água Branca (Crédito: Arquivo do Centro de Memória Bunge) |
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