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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

De volta às aulas: 4 dicas para melhorar o desempenho escolar do seu filho em 2021

Nos últimos meses, pais conviveram com seus filhos em casa muito mais tempo do que poderiam imaginar. Mesmo com o esforço do modelo híbrido de educação – adotado pela maioria das instituições de ensino, estudiosos da educação já apontam para um prejuízo significativo no desenvolvimento das crianças neste período. A boa notícia é que a prática dos exercícios cognitivos certos pode contribuir para retomar os níveis de agilidade das crianças no pré-pandemia.

No Brasil o principal levantamento foi feito pela Fundação Getúlio Vargas, encomendada pela Fundação Lemann e divulgado pela Agência Brasil e mostrou que a educação brasileira pode retroceder até quatro anos nos níveis de aprendizagem devido à necessidade de suspensão das aulas presenciais na pandemia, com o agravante da dificuldade no acesso ao ensino remoto.

Esse é considerado o pior cenário, em que os estudantes não teriam aprendido o conteúdo durante o ensino remoto.  A partir de dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), foi possível simular uma perda equivalente a quatro anos em língua portuguesa e de três anos em matemática, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, considerando o pior dos cenários, considerado pessimista.

Para além disso, os pais comprovaram na prática que seus filhos mudaram muito nos últimos meses. A funcionária pública Ana Paula Silva, de 45 anos, de Jacareí (SP) mãe do estudante Matheus Silva, de 12 anos, aluno do 7º ano, avalia que crianças tiveram dificuldade principalmente para entender a dinâmica do ensino remoto.

“Meu filho começou a fazer as atividades sem direcionamento, ia fazendo as coisas apenas que ele tinha afinidade e abandonando outras coisas e com isso perdia prazos e ficava desesperado. Além disso perdeu contatos com alunos que o ajudavam e com outros que ele auxiliava, o que impactou muito nos seus resultados como um todo neste ano”, avaliou.


Ginástica para o cérebro na retomada

Depois de um ano longe da rotina e dos amigos, o cérebro precisa, mais do que nunca, de novidade, variedade e desafio crescente para retomar os patamares de desenvolvimento pré-pandemia. Esta necessidade é ainda maior para crianças já que mais de 80% dos neurônios que nos acompanham ao longo da vida são conectados durante os primeiros anos de vida, e a qualidade das conexões depende fundamentalmente do ambiente, das experiências e dos contextos em que a criança vive.

“É unânime que as crianças e jovens precisam, hoje, mais do que nunca de um auxílio excepcional para retomar suas atividades. Nossa missão enquanto uma empresa de desenvolvimento cognitivo neste momento é ensinar essas crianças a aprender de novo, retomar os níveis de concentração e raciocínio para diminuir essa lacuna que a pandemia inevitavelmente trouxe”, disse Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica do Supera. 

Além da estimulação através de ginástica para o cérebro oferecida pelo Supera, algumas técnicas também favorecem a concentração e o raciocínio em crianças e jovens neste momento, segundo  a docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Thais Bento, confira:


  1. Formação de rimas: as rimas organizam os materiais, associando a um certo ritmo. Exemplo: quando ouvimos uma música para aprender conceitos de Biologia, como fazem os professores de cursos pré-vestibulares.
  1. Criação de imagens: A atribuição de um significado à informação visual facilita a evocação do material. Combinar imagens com repetições parece ser ainda mais eficaz do que utilizar apenas as imagens. Exemplo: ao visualizarmos a “bota” italiana ao dar um pontapé numa pedra, logo identificaremos a Sicília.
  1. Uso de organização: a informação pode ser usada de muitas maneiras. Organizar as palavras em ordem alfabética ou de modo que suas iniciais formem uma sigla com significado, como por exemplo, T.O.C. (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), pode facilitar sua evocação.
  1. Técnica específica para leitura: Neste caso, uma das estratégias mais recomendadas é a estratégia PQRST. Caso você ache à primeira vista esta prática um pouco complicada, tente, primeiramente, organizar etapas na cabeça para depois colocá-las em prática. Uma vez dominada a técnica, ela passa a ser de grande valia no dia a dia.

P = Prévia: leia a informação uma vez para saber do que se trata.

Q = Questão: faça perguntas a você mesmo sobre o que leu.

R = Releia: releia a informação tentando responder às perguntas.

S = Selecione: selecione a resposta correta.

T = Teste: releia a informação para testar se as respostas estão corretas.

A adoção de um estilo de vida saudável, com a prática de atividade física regular, uma dieta saudável e equilibrada bem como a prática do lazer e a disciplina em hábitos de sono contribuem para o bem-estar em geral e estabilidade do humor, sendo extremamente benéficos para o melhor desempenho da memória recente e da aprendizagem em crianças jovens e adultos.


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