Cair no descontrole financeiro no início do ano é um risco iminente, por isso é importante orientar quem está no limite do orçamento, principalmente em um período no qual uma pandemia vem impactando nossas contas. A chegada da segunda onda de contaminação vem juntamente com a volta às aulas e mais um gasto extra, a pergunta que fica é: como economizar na compra de material escolar nessa hora?
Os preços de
materiais escolares variam muito entre as lojas e mesmo na internet, por esse
motivo, é importante pesquisar e planejar as compras para economizar sem ter
que abrir mão da qualidade nos estudos das crianças.
Para quem tem
filhos, esse é um dos maiores gastos do início do ano e devido à falta de
educação financeira, diversas despesas se acumulam e as famílias se perdem em
meio a tantas contas para pagar, muitas vezes, ultrapassando o limite de seu
orçamento financeiro.
Para começar, sempre
recomendo que pensem o quanto precisam trabalhar para conseguir o seu salário.
A partir daí, fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preço
e, principalmente, a negociar os valores das compras.
Então, o primeiro
passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber
exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e quanto poderá dispor para a
aquisição do material escolar. Elaborei algumas orientações sobre o assunto.
São elas:
• Essa despesa é
recorrente, ou seja, precisa fazer parte do planejamento anual. Para que os
gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano
para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos;
• Antes ir às
compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que
pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo;
• No caso dos
livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou
comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso;
• Algo interessante
é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos
e agendas;
• A partir daí, é
preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto
total;
• Não é preciso
necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido
pedir descontos;
• No dia das
compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o
risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado;
• O ideal é sempre
fazer negociar como se fosse pagar à vista, mas depois buscar por um
parcelamento se juros nas mesmas condições, mas sempre com parcelas que caibam
no bolso, para não comprometer as finanças de 2021 por vários meses.
Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à
Vista . É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de
Educadores Financeiros (Abefin -https://www.abefin.org.br) e da DSOP
Educação Financeira (https://www.dsop.com.br). Autor de
diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira .
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