Estima-se que 10
milhões de pessoas podem falecer por conta deste problema em 2050
O uso indiscriminado de antibióticos
traz uma realidade alarmante: em 2050, a resistência bacteriana poderá ser a
principal causa de óbitos no mundo, resultando na morte de 10 milhões de
pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) na pesquisa
"Tackling drug-resistant infections globally. Final report and
recommendations", apoiada pelo governo britânico. Com o intuito de
combater a resistência bacteriana, a iniciativa Global Respiratory Infection
Partnership (GRIP) implementa uma série de inciativas de conscientização, como
a divulgação de tratamentos sintomáticos adequados para as infecções
respiratórias com base em estudos médicos.
A resistência bacteriana ocorre quando
bactérias sofrem mudanças e deixam de responder aos antibióticos. Com o tempo,
infecções bacterianas simples se tornam cada vez mais difíceis de serem
combatidas, podendo, eventualmente, levar a uma piora do quadro e até ao óbito.
O uso excessivo e indiscriminado dos antibióticos é uma das causas para que as
bactérias resistentes se multipliquem.
Desde 2010, a venda de antibióticos no
Brasil é controlada com retenção de receita, de acordo com determinação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Porém, o número destes
medicamentos vendidos no país continuou em crescimento.
Além de aumentar a taxa de mortalidade
e interferir no tratamento de infecções simples, este cenário também irá
dificultar outros procedimentos, como cirurgias e quimioterapia, podendo chegar
até a restrições em viagens e migrações.
O que pode ser feito?
Segundo a pesquisa "Does This
Patient Have Strep Throat?", conduzida pelo epidemiologista
norte-americano Mark H. Ebell, oito em cada dez infecções de garganta são
causadas por vírus e, portanto, não devem ser combatidas com o uso
antibióticos. Por isso, o diagnóstico correto por parte dos médicos e a
indicação dos medicamentos específicos têm um papel fundamental.
Nos casos de infecções virais de
garganta, o tratamento se baseia na utilização de medicamentos para combater
diretamente os sintomas. O flurbiprofeno, por exemplo, é um anti-inflamatório
não esteroidal com ação local, que pode ser, inclusive, ministrado como
complemento no caso de infecções de garganta bacterianas.
"Além do diagnóstico correto, é
necessário conscientizar a população sobre os riscos de utilizar antibióticos
em excesso. Há pacientes que demandam que os médicos receitem estes
medicamentos ou ficam descontentes com a consulta se não saem do consultório
com uma receita deste tipo. E, muitas vezes, esta atitude do médico, em indicar
um anti-inflamatório, por exemplo, é a mais acertada", explica o membro do
GRIP Dr. Antônio Carlos Pignatari, CRM 28657 SP.
Um dos signatários que fazem parte do
GRIP é o Grupo RB Brasil, multinacional de bens de consumo em saúde, higiene e
nutrição através de sua divisão RB Health & Nutrition Comercial.
O Grupo RB está comprometido em
contribuir para a conscientização desta realidade e investe no combate a este
problema a partir de iniciativas que buscam implementar práticas para reverter
essa situação. Por isso, desenvolveu materiais para serem entregues em filiais
da Cruz Vermelha alertando para as consequências do uso indiscriminado de
antibióticos. "Fizemos um treinamento com voluntários da Cruz Vermelha
para torná-los multiplicadores de conhecimento, transmitindo o que aprenderam a
outros voluntários e pessoas atendidas nestas filiais da instituição",
completa Daniel Torres, General Manager da RB Health & Nutrition Comercial.
Em complemento a esta ação, entre
outubro e novembro deste ano, a RB Health & Nutrition Comercial doará à
Cruz Vermelha mais de 1,2 milhão de caixas de Strepsils, medicamento que possui
como principal ativo o flurbiprofeno, que promove ação local e rápida para o
alívio da dor de garganta. Os medicamentos serão distribuídos para filiais da
instituição nos estados de Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, além do Distrito Federal.
O Presidente Nacional da Cruz Vermelha
Brasileira, Julio Cals, ressaltou a importância da ação no país e, segundo ele,
a instituição está pronta para mais uma ajuda humanitária. "Sabemos da
necessidade de levar a conscientização à população, então além de promovermos a
campanha de doação de Strepsils, a Cruz Vermelha Brasileira irá promover ações
de educação e saúde para que, de fato, as pessoas entendam a importância do uso
correto dos antibióticos. Junto à RB Helth & Nutrition Comercial, a
instituição cumpre assim, sem medir esforços, a sua missão de cuidar de
pessoas", destaca Julio Cals.
Grupo RB
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