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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Individualidade do consumidor rege o varejo do futuro

 

Se a inovação costumava ser algo que diferenciava um negócio dos demais, hoje passou a ser uma obrigatoriedade para não estar fadado à falência. Walter Longo proferiu uma palestra sobre o assunto na Mercosuper Digital, neste dia 19 de novembro. Toda a programação do evento foi gravada e está disponível para visualização no Auditório Secundário do portal virtual mercosuper.digital.


Muitas pessoas acreditam que a Idade Média acabou em 1453, com a invasão de Constantinopla, mas, segundo o especialista em inovação e transformação digital, o período está acabando apenas agora, pois, até hoje, tudo foi criado baseado “na média”. Ele exemplifica com a educação, que era medida pela média, mas que agora passa a ser pela capacidade individual de cada aluno.


Longo afirma que a sociedade passa a entrar, agora, na Era da Idade Mídia, em que cada pessoa pode escrever e expor a própria opinião. “Cada um de nós virou uma mídia e passou a influenciar a sociedade. Temos uma nova sociedade mimada, pois antes fazíamos pelas médias e, agora, cada um é ciente e consciente do seu poder”, explica.


No caso dos supermercados, isso também é muito evidente, pois os consumidores passaram a fazer exigências de acordo com a sua individualidade. “Não faz sentido eu ser cliente fiel a um supermercado e ser tratado como alguém que comprou alguma coisa em algum dia qualquer”.


Por meio do Big Data e das ferramentas de inteligência artificial, o especialista diz que é possível conhecer o cliente individualmente e que, com uma gestão de todo este conteúdo, as empresas devem se concentrar em oferecer uma experiência única e exclusiva para cada um, pois existem diversos tipos de consumidores nesta nova Era. “Daqui para frente não são as pessoas que se adaptam às empresas, mas o contrário. Daqui para frente você tem que entender de indivíduos. O grande mantra na relação com seus clientes é que eles esperam mais simplicidade dos produtos e serviços, flexibilidade dos processos e mais individualidade na relação ou na comunicação”, destaca.


E esta relação mais personalizada não é e nem deve ser uma exclusividade das grandes redes ou das empresas com grande capital de investimento. Longo explica que a inovação é muito mais uma questão de ótica do que de fibra ótica, é mais a forma de se relacionar com as pessoas do que de investimentos em tecnologia. O especialista conta que com uma pequena mensalidade é possível adquirir um serviço de Big Data, além de diversas ferramentas que permitem ao pequeno empresário ter a mesma competência tecnológica que uma grande rede.


“Daqui para frente o mundo vai querer o equilíbrio entre o High Tech e o High Touch. Esta facilidade e simplicidade, seja no tratamento pessoal e no tecnológico, é o que vai prevalecer. Os supermercados precisam entender que as empresas também morrem por fazerem as coisas certas por um período longo demais. Precisamos criar este desconforto saudável para todos e, cada vez mais, teremos que aceitar a mudança como único estado permanente”, sugere o especialista.


Para incorporar esta tendência nas empresas, Longo afirma que o primeiro passo é ter a consciência desta mudança e deste problema, já o segundo passo é se jogar de maneira entusiasmada no assunto. O terceiro passo é contratar empresas que coletem dados das pessoas e o quarto é começar a atuar em comunicações e em ofertas individualizadas. 



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