Se
a inovação costumava ser algo que diferenciava um negócio dos demais, hoje
passou a ser uma obrigatoriedade para não estar fadado à falência. Walter Longo
proferiu uma palestra sobre o assunto na Mercosuper Digital, neste dia 19 de
novembro. Toda a programação do evento foi gravada e está disponível para
visualização no Auditório Secundário do portal virtual mercosuper.digital.
Muitas
pessoas acreditam que a Idade Média acabou em 1453, com a invasão de
Constantinopla, mas, segundo o especialista em inovação e transformação digital,
o período está acabando apenas agora, pois, até hoje, tudo foi criado baseado
“na média”. Ele exemplifica com a educação, que era medida pela média, mas que
agora passa a ser pela capacidade individual de cada aluno.
Longo
afirma que a sociedade passa a entrar, agora, na Era da Idade Mídia, em que
cada pessoa pode escrever e expor a própria opinião. “Cada um de nós virou uma
mídia e passou a influenciar a sociedade. Temos uma nova sociedade mimada, pois
antes fazíamos pelas médias e, agora, cada um é ciente e consciente do seu
poder”, explica.
No
caso dos supermercados, isso também é muito evidente, pois os consumidores
passaram a fazer exigências de acordo com a sua individualidade. “Não faz
sentido eu ser cliente fiel a um supermercado e ser tratado como alguém que
comprou alguma coisa em algum dia qualquer”.
Por
meio do Big Data e das ferramentas de inteligência artificial, o especialista
diz que é possível conhecer o cliente individualmente e que, com uma gestão de
todo este conteúdo, as empresas devem se concentrar em oferecer uma experiência
única e exclusiva para cada um, pois existem diversos tipos de consumidores
nesta nova Era. “Daqui para frente não são as pessoas que se adaptam às
empresas, mas o contrário. Daqui para frente você tem que entender de
indivíduos. O grande mantra na relação com seus clientes é que eles esperam
mais simplicidade dos produtos e serviços, flexibilidade dos processos e mais
individualidade na relação ou na comunicação”, destaca.
E
esta relação mais personalizada não é e nem deve ser uma exclusividade das
grandes redes ou das empresas com grande capital de investimento. Longo explica
que a inovação é muito mais uma questão de ótica do que de fibra ótica, é mais
a forma de se relacionar com as pessoas do que de investimentos em tecnologia.
O especialista conta que com uma pequena mensalidade é possível adquirir um
serviço de Big Data, além de diversas ferramentas que permitem ao pequeno
empresário ter a mesma competência tecnológica que uma grande rede.
“Daqui
para frente o mundo vai querer o equilíbrio entre o High Tech e o High Touch.
Esta facilidade e simplicidade, seja no tratamento pessoal e no tecnológico, é
o que vai prevalecer. Os supermercados precisam entender que as empresas também
morrem por fazerem as coisas certas por um período longo demais. Precisamos
criar este desconforto saudável para todos e, cada vez mais, teremos que
aceitar a mudança como único estado permanente”, sugere o especialista.
Para
incorporar esta tendência nas empresas, Longo afirma que o primeiro passo é ter
a consciência desta mudança e deste problema, já o segundo passo é se jogar de
maneira entusiasmada no assunto. O terceiro passo é contratar empresas que
coletem dados das pessoas e o quarto é começar a atuar em comunicações e em
ofertas individualizadas.
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