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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Como preparar sua empresa para a Lei Geral de Proteção de Dados

Especialista da ALANA AI detalha como empresas que ainda não se adequaram à LGPD devem proceder


A nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor oficialmente no final de agosto de 2020, impactou diretamente empresas que lidam com o consumidor, além dos setores de marketing e atendimento ao cliente.

Ao substituir o Marco Civil da Internet, de 2014, a nova lei estabelece um conjunto de regras para o tratamento e compartilhamento de dados pessoais, práticas que são comuns em empresas que lidam com altos volumes de dados de consumidores. No entanto, muitas empresas ainda têm dúvidas e não se adequaram aos padrões estabelecidos. O CEO da ALANA AI, startup especializada em inteligência artificial e no processamento de linguagem natural, Marcel Jientara, explica que é necessário evoluir os processos internos para garantir a seguridade das informações, mas com etapas bem definidas a curto, médio e longo prazo. 

“Para que o processo seja frutífero e organizado, pensando no longo prazo, é fundamental criar uma estratégia de fomentação de uma cultura de segurança da informação e de dados dentro da empresa. A curto prazo, é essencial investir no treinamento das equipes responsáveis por gerenciar dados para que a avaliação da alteração dos processos seja assertiva”, destaca Jientara. 

A Lei Geral de Proteção de Dados cria um novo cenário para o país, com mais segurança e padronização de práticas para o mercado, além de estabelecer regras claras sobre o uso de dados para marketing e atendimento ao cliente. Dentro desse cenário de mudanças e adaptações, Marcel Jientara preparou algumas dicas para ajudar empresários e empreendedores a conseguirem alinhar suas empresas as novas regras da LGPD. 


1) Criação de um comitê de análise

Antes de qualquer ação é necessário planejamento. Com isso em mente, defina os líderes e pessoas chave que devem participar da análise da LGPD para identificar pontos de melhoria e como a empresa deverá agir. Entre as áreas indicadas para participar de tal planejamento estão o jurídico, risco e compliance, tecnologia, atendimento ao cliente, marketing, vendas e recursos humanos.


2) Definição de um roadmap de implementação

Após a análise da legislação e do negócio, é hora de traçar um plano para alterar processos que coletam e usam dados de clientes. Nesse planejamento vale incluir: 

Armazenamento: Como é feito atualmente? Quais são os dados que a empresa tem guardados? Eles estão autorizados de acordo com a finalidade de uso? 

Finalidade: Se houver mais de uma função para os dados fornecidos pelo cliente, é mandatório fazer uma atualização das regras e solicitar novamente a autorização para sua utilização.

Classificação: Dados sensíveis são classificados separadamente? Se a resposta for negativa, trace um plano para fazer a classificação da maneira correta e determinada pela LGPD.

Processamento e Transferência: Os dados estão anonimizados ou criptografados? É possível identificar um dado? A segurança dos dados é fator essencial para a proteção de clientes. No roadmap, inclua ações para garantir a qualidade da criptografia de dados para anonimizá-los.

Permissões: Existe controle sobre acesso aos dados? Há uma política de governança de dados na empresa? Para garantir ainda mais segurança e compliance, é essencial ter uma área responsável pelas permissões de acesso aos dados, garantindo controle.


3) Consentimento do uso de dados: após toda a fase de análise e planejamento, a empresa deve renovar o consentimento da sua base de dados. O objetivo é especificar as novas normas de coleta, uso e armazenamento dos dados pessoais de clientes e pessoas que tenham contato com a marca.

Pode ser que durante este processo a base de dados diminua, uma vez que a pessoa tem direito a revogar o uso dos dados a qualquer momento. Por outro lado, isso garante adequação à LGPD e qualidade de informações disponíveis.

Várias tecnologias usam dados para que os resultados alcançados por elas sejam mais acurados, como é o caso da inteligência artificial, alimentada por dados. As informações usadas pela AI são, em geral, para traçar um perfil e oferecer experiências personalizadas e ricas.

Um exemplo muito comum são os sistemas de recomendação, que direcionam conforme as preferências de navegação da pessoa. Além disso, sistemas inteligentes como Alana Chatbot ou Alana Reply, podem coletar dados públicos e fazer interações humanizadas, tudo com base em um algoritmo de inteligência artificial proprietária.Torna-se essencial deixar claro para os clientes que a empresa utiliza tecnologias que usam inteligência artificial - como chatbots de atendimento que aproveitam dados para fins de interações de caráter de Customer Care.

Além da LGPD, o mercado de inteligência artificial tem passado por uma evolução em termos de regulamentação própria, para garantir o desenvolvimento e criação de tecnologias AI seguras e que cumpram com critérios internacionais de qualidade.

 



Alana AI

https://alana.ai/

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