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sábado, 19 de setembro de 2020

Exame preventivo aos 45 pode diminuir mortalidade por câncer colorretal


Campanha Setembro Verde conscientiza população sobre detecção precoce da doença


O câncer colorretal é um dos tumores malignos mais recorrentes no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele é o segundo mais comum em mulheres e o terceiro em homens. Além disso, a estimativa de novos casos para este ano ultrapassa a faixa dos 40 mil. Para conscientizar a população sobre os riscos dessa doença, a comunidade oncológica realiza, desde 2016, a campanha Setembro Verde, que este ano traz uma boa notícia, o exame preventivo agora deve ser realizado mais cedo.

Até pouco tempo atrás, o recomendado era que a colonoscopia, procedimento responsável por identificar possíveis alterações no intestino grosso e reto, começasse a ser feita somente após os 50 anos. No entanto, essa diretriz foi repensada e acabou sendo modificada pela Sociedade Americana do Câncer em 2018. Agora, grande parte dos médicos já orienta seus pacientes a realizar o exame preventivo a partir dos 45 anos.

“Os estudos mais recentes mostraram que ao diminuir a faixa etária para a realização da colonoscopia, você consegue aumentar expressivamente o número de diagnósticos precoces. Isso acaba resultando em uma diminuição da taxa de mortalidade pela doença, já que as chances de cura no estágio inicial são de 90%”, destaca Ricardo Cembranelli, oncologista do Grupo Onco-Procto do Hospital Felício Rocho.

Ricardo também lembra que esse não é um exame que precisa ser feito constantemente. Caso a primeira colonoscopia não apresente nenhuma alteração, ela pode ser repetida com um espaço de até cinco anos. Já as pessoas que possuem histórico familiar ou que tenham constatado a formação de algum tipo de pólipo, devem buscar a orientação de um especialista para analisar a situação e indicar a periodicidade do exame.


Alimentação

Outra forma de prevenir o câncer colorretal é a adoção de hábitos saudáveis, como não fumar, praticar atividades físicas e se alimentar bem. Segundo pesquisa realizada por cientistas do Centro Médico Tel-Aviv, em Israel, a dieta mais adequada para quem quer diminuir as chances de desenvolver esse tipo de tumor é a mediterrânea. Baseado no consumo de alimentos frescos e naturais, esse cardápio é bastante rico em frutas, verduras, sementes, oleaginosas, grãos, peixes e aves.

“A dieta mediterrânea pode ser uma boa opção justamente porque conta com um baixo consumo de alimentos que podem causar inflamação no trato gastrointestinal o que, a longo prazo, corre o risco de ser cancerígeno. Por isso, orientamos as pessoas a não ingerirem mais do que 500g carne vermelha por semana; a evitar ao máximo todos os tipos de bebidas açucaradas, além de não comer alimentos processados, entre eles salsicha, mortadela, presunto, bacon, blanquet de peru e salame”, explica Ricardo.


Sintomas e tratamentos

Assim como vários outros tipos de tumores, o câncer colorretal também pode ser silencioso. Mas em alguns casos o paciente apresenta sintomas, como sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes ou massa abdominal. Como esses sinais também podem indicar outros problemas de saúde, é importante que a pessoa procure um médico para realizar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.

Ricardo conta que hoje existem várias formas de tratar o câncer colorretal. Se a doença estiver em estágio inicial, geralmente é realizada apenas uma cirurgia de remoção do tumor. Já nos casos mais avançados pode ser indicada também sessões de radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia. No entanto, O médico destaca que o melhor remédio de todos ainda é a prevenção “Não existe segredo para se ter uma boa saúde, tudo passa por manter hábitos saudáveis e consultar regularmente o seu médico”, conclui.

 



Grupo Onco-Procto do Hospital Felício Rocho

 

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