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sábado, 1 de agosto de 2020

Na Semana Nacional do Controle e Prevenção à Leishmaniose, entenda a doença e saiba como se proteger

Cuidados para evitar contágio devem começar pelo combate ao mosquito transmissor e proteção a animais de companhia

 

Entre os dias 4 a 10 de agosto acontece a Semana Nacional do Controle e Prevenção à Leishmaniose. A data tem como objetivo alertar à população sobre os principais cuidados para evitar a doença que acomete tanto humanos quanto animais. De acordo com a ONG Médicos Sem Fronteiras, a leishmaniose é a segunda doença transmitida por vetor que mais mata no mundo. Por isso, Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, fala mais sobre a enfermidade que é comum nesse período do ano - aumento das temperaturas e chuvas.

"Estamos vivendo um momento muito delicado com a pandemia da COVID-19, mas não podemos esquecer que existem outras doenças que continuam circulando por aí, como é o caso da leishmaniose visceral, principalmente em regiões endêmicas como Norte e Nordeste brasileiros. É importante que com essa semana conseguimos chamar a atenção para essa situação que também é grave", explica o médico-veterinário. 



Ciclo de transmissão 


A propagação da leishmaniose acontece a partir da picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. "O inseto infectado pica o cão e pode picar as pessoas com quem ele convive, por isso é importante manter o animal sempre protegido. Vale lembrar também que um cão infectado serve de reservatório para a doença", alerta.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o Brasil é líder nos casos da doença no continente americano, representando aproximadamente 96% do total de casos. Estima-se ainda que mais de 1 bilhão de pessoas vivem em áreas endêmicas com risco de infecção, sendo mais de 600 milhões de casos fatais. Por esse motivo, é muito importante proteger o animal e, consequentemente, toda a família.


Prevenção em primeiro lugar 


De acordo com Marcio Barboza, as medidas preventivas são essenciais para o controle da leishmaniose. "A coleira é o melhor método para a proteção do animal, mesmo que ele não fique em área endêmica. Junto com ela é recomendado abrigo limpo e com telas finas que são capazes de manter o mosquito afastado, principalmente ao entardecer, que é o período em que esses insetos mais atacam", fala. 



Sintomas, diagnóstico e tratamento 


Alguns sintomas podem ser sinais de alerta para os tutores. A leishmaniose pode causar problemas dermatológicos no cachorro, como pelagem falha e opaca e perda de pelos em focinhos, orelhas e região dos olhos; diminuição de peso repentina - mesmo sem a alteração de apetite; anemia; apatia; vômitos e diarreia.

Mas é essencial que, aos primeiros sintomas, o proprietário leve o animal ao médico-veterinário, já que ele é o único profissional habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.

"A doença não tem cura parasitológica, ou seja, o animal não ficará livre do protozoário, mas o animal pode apresentar cura clínica com tratamento à base de medicamentos que melhoram os sintomas e diminuem as chances de transmissão do parasita. No entanto, existe um alto custo de investimento financeiro, então é muito melhor prevenir do que remediar", finaliza com alerta o especialista.

 

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