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quinta-feira, 9 de julho de 2020

Neurofilósofo Fabiano de Abreu aponta porque filmes com temáticas depressivas são perigosos em tempos de distanciamento social


O profissional aborda o tema sob a ótica dos nossos dias em meio à pandemia e o isolamento social. É preciso falar sobre depressão e o suicídio de forma responsável para evitar o aumento de caso


A incerteza ao redor da questão da pandemia do novo coronavírus é sufocante. Junto com a sensação de impotência e inércia, muitas pessoas revelam que se sentem oprimidas pela possibilidade de contraírem a doença e por diversas vezes podem estar sujeitas à depressão e até mesmo ao desejo de suicídio. 

Segundo Fabiano de Abreu, filósofo, neurocientista, neuropsicólogo e psicanalista, casos de suicídio e de depressão tendem a aumentar em períodos longos de confinamento. Além disso, podem ser incentivados  se não forem observadas as devidas precauções, quando nos alimentamos de filmes e séries que toquem na temática da depressão e do suicídio como 13 Reasons Why, da Netflix, que se tornou um blockbuster.

Qual a importância de falarmos sobre temas como depressão e suicídio nos dias de hoje?

O neurofilósofo refere sobre a importância de falarmos desses temas através de uma ótica saudável, para prevenir o aumento de casos de suicídio e ajudar aqueles que estão enfrentando uma angústia profunda durante a pandemia da covid-19: " A depressão é um abismo cujo a identidade pode estar em fatores genéticos e/ou hormonais, como resultado de acontecimentos. Temos que ter muito cuidado neste tipo de tema para não incentivar o ato, pois o ato pode ser impulsivo, impensável e é sem volta. Séries como 13 Reasons Why (que teve impacto no número de suicídio nos Estados Unidos) podem influenciar jovens em situação de risco, e as estatísticas comprovam isso. Gosto de dizer que a história, a estatística é o argumento da razão. Filmes sobre suicídio deveriam ser fiscalizados pelo ministério da saúde e também adequar melhor a classificação da idade."

Para Abreu, a questão não é falar sobre o suicídio apenas, mas abordar a questão de forma responsável: "É necessário cortar o mal pela raiz, falar do que antecede a depressão e procurar encontrar soluções e ajuda para evitar que chegue no ponto mais grave. O suicídio é uma fraqueza, é a falta de capacidade de resolver suas pendências deixando chegar na depressão. Não há nada de romântico nisso. Eu parto sempre do princípio da consciência racional de que; não vale a pena tirar a própria vida pois a dor de quem fica logo passa e depois tudo será esquecido. Se quer chamar a atenção, viva muito e faça coisas boas para que tenha a atenção de todos. Também há a lógica de que todo momento ruim passa, a vida é um ciclo e tudo sempre passa. Os transtornos, síndromes e qualquer comportamento que nos retire o equilíbrio e o bem estar deve ser tratado com orientação de profissionais de saúde. "


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