Manter a ergonomia
ficou mais difícil durante a pandemia do novo coronavírus, mas trabalhar em
lugar inadequado pode afetar a saúde e a produtividade dos colaboradores
Criada pela pandemia do novo coronavírus, a rotina
forçada de home office fez a casa de muita gente se tornar o escritório. O
problema é que a maioria das pessoas não estava preparada para essa mudança.
Além da falta de rotina e da organização de horários, a necessidade de
distanciamento social transformou ambientes não muito adequados em estações de
trabalho, como o sofá, a cama e, até mesmo, o chão do quarto. A falta de
ergonomia pode impactar não só a saúde, mas também a produtividade do
colaborador.
Sentar no sofá com o computador no colo, por
exemplo, pode gerar uma flexão excessiva do pescoço e até a redução da
circulação de sangue nas pernas. “Esses locais não foram projetados para
acomodar o corpo humano durante horas na mesma posição, implicando em
sobrecarga tanto na coluna como nos braços e pernas. Os principais sintomas são
as dores articulares e na coluna lombar”, explica o ortopedista credenciado da
Paraná Clínicas, Dr. Carlos Eduardo Miers (CRM-PR 27.513, RQE 18.676).
A repetição diária desse comportamento pode gerar
problemas osteomusculares mais importantes, como desvios de coluna, inflamações
ou lesões articulares. Para evitar complicações, uma cadeira adequada é
essencial. “Deve ter altura regulável para permitir que os joelhos não fiquem
dobrados acima de 90 graus, e os cotovelos permaneçam apoiados nos suportes
laterais e nivelados com a mesa. O apoio para as costas também é importante”,
alerta o ortopedista.
A iluminação e o mobiliário certos geram conforto,
segurança e tranquilidade. Essa combinação tende a levar o colaborador a fazer
mais atividades em um menor período de tempo – sem falar na qualidade da
execução. “Ergonomia impacta também nas taxas de absenteísmo, que influenciam
diretamente a produtividade. Com a estrutura adequada, reduzimos os
afastamentos por doenças como a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), por
exemplo”, aponta o gerente de Pessoas e Processos de Gestão, Anderson Gomes.
Com quase 90% do administrativo atuando de forma
remota, a Paraná Clínicas precisou estabelecer um plano de ação rápido para
oferecer o suporte adequado ao home office. “Levantamos com os nossos
colaboradores a estrutura existente para realização do trabalho,
disponibilizamos computadores para aqueles que não tinham o equipamento em casa
e reembolsamos as taxas de energia elétrica e internet. Para promover um pouco
mais de ergonomia, higienizamos e enviamos as cadeiras para quem está
trabalhando 100% remoto e tinha interesse em receber”, indica Anderson.
Paraná Clínicas
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