Sociedade Brasileira
de Cirurgia da Mão ressalta os riscos dos artefatos
Com o cancelamento de festividades por conta da
pandemia, festas juninas e agora, “julinas”, foram adaptadas em casa, somente
com familiares, para evitar aglomerações. Muitas pessoas, porém, não abrem mão
dos fogos de artifício, típicos da época, mas o manuseio inadequado pode
estragar a celebração, como aconteceu no fim de junho, na Paraíba. Um garoto de
11 anos se feriu enquanto manuseava fogos no bairro Três Irmãs, em Campina
Grande. O presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), João
Baptista Gomes dos Santos, ressalta que mais do que queimaduras, os fogos de
artifício podem causar lesões com lacerações, cortes e até amputações de
membros.
“As mãos e punhos têm estruturas complexas, de
grande importância no corpo, pois são formados por muitos tendões, ligamentos,
ossos, nervos que propiciam sensibilidade e comandam os movimentos dos
músculos, além de importantes artérias que irrigam os mesmos. Então, uma lesão,
queimadura ou amputação traz graves consequências para a vida das pessoas”,
salienta o especialista. “O recomendado é que os artefatos sejam acionados com
o uso de suportes, algum objeto prolongável entre a mão e o artefato, mas nunca
segurados diretamente nas mãos”, completa.
Com as crianças, como o caso ocorrido recentemente
na Paraíba, o encantamento que o colorido dos fogos exerce sobre elas faz com
que os pequenos queiram estar próximos dos adultos no momento do lançamento dos
artefatos. Mas elas devem ser mantidas afastadas do local e os pais ou
responsáveis precisam ficar atentos sobre onde estão e de que forma estão se
divertindo, para evitar acidentes.
Dr. João ressalta que também é preciso tomar
cuidado com as biribinhas (bombinhas que estouram quando lançadas ao chão),
“pois as faíscas podem atingir substâncias com potencial para incêndio e
provocar acidentes”, explica. “E nunca use materiais de fabricação caseira.
Compre fogos de artifício apenas em lugares especializados, siga atentamente as
instruções do fabricante e verifique se não existem materiais combustíveis nas
proximidades”, conclui o presidente da SBCM.
SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão
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