Muitas pessoas acham
que as varizes são só uma questão
estética, o que não é verdade. A doença precisa ser tratada, já que as veias
dilatadas podem estar associadas a complicações mais graves como processos
inflamatórios na pele como tromboflebite, feridas como úlceras varicosas e ter
relação até com a trombose. Fazer um check-up vascular é muito importante,
porque com o passar dos anos acontece o envelhecimento natural dos vasos
sanguíneos.
Estamos vivendo
tempos difíceis e de luta contra um inimigo invisível, em que o isolamento
social se faz necessário. Mas é importante frisar a importância das pessoas não
deixarem de cuidar da saúde,
principalmente aquelas que possuem doenças crônicas, como as relacionadas aos
problemas circulatórios. Elas vão continuar ocasionando óbitos também. Segundo
estudos do Ministério da Saúde mais de 340 mil mortes por ano estão
relacionadas às doenças do aparelho circulatório. Pessoas com essas doenças
crônicas também são, no momento, as maiores vítimas do COVID, e é preciso
que entendam que não devem parar o seu tratamento e nem o acompanhamento de seu
médico, na medida do possível.
As varizes possuem uma classificação de C1 a C6. Nessa
classificação existem vários subtipos. Existem as microvarizes, que são
as veias capilares e também tem as veias mais dilatadas que são as varizes propriamente ditas. A definição de varizes é de uma veia dilatada, tortuosa que tem
quase o aspecto de uma serpente. É uma veia que perdeu a função dela. A
classificação depende do grau de comprometimento dessa veia. A gravidade da
doença vai depender dos sintomas, se são mais acentuados ou não. É uma doença
progressiva. Se não tratadas, as varizes podem
cada vez mais comprometer a circulação e o paciente ter mais sintomas que
variam de dor, peso, queimação a outros maiores.
Os tratamentos podem
ser clínicos ou cirúrgicos. Eles são individualizados e definidos por um médico
angiologista ou cirurgião vascular. Para que haja um resultado clínico e
estético otimizado, a indicação da melhor técnica a ser empregada é definida de
acordo com o tipo de varizes, cor de pele,
idade, existência ou não de insuficiência venosa e condições clínicas gerais. É
também fundamental o estudo da circulação venosa das pernas para indicar
tratamentos mais adequados para cada caso.
Pessoas mais jovens
também podem apresentar o problema circulatório, principalmente aquelas que
estão expostas a mais fatores de risco, como: hereditariedade, uso de
hormônio, fumo e sedentarismo.
Os problemas circulatórios de uma
maneira geral podem ser evitados com medidas simples como praticar uma
atividade física, ter uma alimentação equilibrada e não fumar. E o principal,
ficar atento a sintomas como dor, alteração na coloração da pele e inchaços nas
pernas procurar imediatamente um médico angiologista e/ou cirurgião vascular.
Ricardo Brizzi - Angiologista
e Cirurgião Vascular. Fez residência médica em cirurgia vascular na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no período de 1993 a 1996.
Pós graduou-se em cirurgia endovascular em SP, trabalhou no serviço publico no
Hospital Salgado Filho e no Hospital da Lagoa – setor de Hemodinâmica. É membro
da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro. É um dos Responsáveis pelo
setor de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Badim, do Hospital
Israelita e Hospital Norte D’Or.
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