Mesmo tendo
segurado muito as pontas, algumas companhias simplesmente não vão escapar da
crise e, sem necessariamente desejar, terão de demitir. E é aí que vem o
dilema: eu preciso colocar minha situação financeira em ordem, mas não quero
deixar meu colaborador sozinho nessa hora, já que ele é foi importante da minha
engrenagem. Tem solução para essa dicotomia?
A crise bateu na nossa porta e não parece ter uma
solução fácil, muito menos no curto prazo. Mesmo segurando muito as pontas,
algumas empresas, até as de médio ou grande porte, ou seja, que tinham algum
respaldo financeiro, inevitavelmente estão começando a cogitar desligar seus
colaboradores, inclusive de alto escalão.
Existe uma saída possível para evitar que essa
ação, se necessária, manche por completo a imagem da companhia? Para Marcelo
Arone, Headhunter e Coach de Carreira, especialista em recolocação executiva e
sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano,
partindo da realidade do mercado de carreiras e contratações, existe o coaching
de carreira, um serviço que pode ser uma saída plausível para esse panorama.
“O mercado de trabalho é cíclico. Ele vai e volta
de acordo com a maré da economia, investimentos futuros e tendências ao bom
ambiente de recuperação dos segmentos mais afetados. Mas sempre retoma num grau
maior ou menor. Isso é a única certeza que temos por já ter vivido crises
anteriores”, revela Marcelo.
Mas o coaching de carreira não é oferecido aos
profissionais que estão avulsos e precisam de recolocação no mercado? Aí é que
entra o pulo do gato: “o coaching de carreira é um serviço que pode ser oferecido
à empresa que está desligando, como uma alternativa para manter a sanidade,
tanto interna, quanto de imagem”, explica o especialista. “Os recrutadores
sabem exatamente onde estão as vagas em aberto. Nesse contexto complexo em que
profissionais precisam saber se reinventar é obrigação das consultorias
contribuir para o Brasil sair dessa o quanto antes”.
Assim, a empresa não consegue manter aquele
colaborador e, com muito custo, acaba por desligá-lo, mas oferece o coaching de
carreira como um benefício na hora da demissão, que vai apoiá-lo na agilidade
da sua recolocação. “Veja bem, esse serviço da OPTME não é para o colaborador
contratar. O que estamos propondo é uma atitude corporativa, na qual o
empregador, ao desligar o funcionário, oferece a ele o coaching de carreira
como uma alternativa para o dilema das demissões”, reforça o especialista.
“O mínimo que podemos fazer ajudando as pessoas é a
cada programa contratado pelos nossos parceiros faremos outro em paralelo, sem
custo, com alguém que perdeu o emprego durante a pandemia e ajudar ambos a se
recolocarem o mais rápido possível”, enfatiza.
“Temos inúmeros cases de sucesso na OPTME, que
oferece, já há alguns anos, esse serviço para as empresas contratantes”, lembra
Marcelo, que segue: “as empresas que tiverem esse compromisso com seus
colaboradores terão suas reputações mais resguardada, mesmo que não consigam
fugir dos movimentos que a crise impõe”.
“Você não somente pode orientar a pessoa a buscar
algo na sua principal área de atuação, como ajudá-las a observarem habilidades
em funções até então pouco exploradas nos setores que nunca haviam sido
relevantes pra ela”, lembra Marcelo, que segue: “sem contar que existem
alternativas a recolocação tradicional, como empreender ou gerar valor
consultivo ao mercado como pessoa jurídica, por exemplo. Essa é uma tendência
forte, principalmente após a reforma trabalhista de 2017 e as novas MP´s que
estão sendo discutidas no congresso por conta da pandemia. O Coach de carreira
nada mais é do que um facilitador em busca de uma alternativa viável para que
essa pessoa não fique parada no mercado”.
Alguns pontos positivos do Coaching de Carreira
oferecido pela empresa ao desligar: resgate psicológico desse colaborador,
acolhimento desse momento delicado na vida da pessoa, direcionamento dessa
força de trabalho para indústrias que estão buscando aquele perfil profissional
são uns deles, revela Marcelo, que enfatiza: “esse movimento também diminui a
possibilidade de ações trabalhistas, do lado da empresa, e melhora a autoestima
da pessoa que está saindo”.
Empresas vão se juntar e sobreposições de cargos
certamente irão ocorrer num segundo momento: “haverá uma certa tendência de
“juniorização” em grupos mais hierarquizados, enquanto empresas de menor porte
terão a chance de absorver profissionais que, com o mercado aquecido, não
aconteceria com facilidade”, lembra ele.
A metodologia proposta por Marcelo Arone não é
somente um alívio para o dilema das empresas, mas ajuda a movimentar o mercado.
“Tem empresas contratando. Então, o que nós fazemos é diminuir o impacto na
vida do colaborador que está sendo desligado e, ao mesmo tempo, encontrar um
lugar certo para ele”.
“Nosso grande diferencial é que, depois de avaliado
o profissional, suas habilidades e seus objetivos, nós o indicamos, com um
networking nacional, para empresas que estejam contratando e que tenham
sinergia com o perfil dele. Esse tipo de trabalho, ninguém mais faz. Cerca de
70% dos executivos que fizeram o programa de Coaching de Carreira conosco se
recolocaram em empresas também do portfólio de clientes da OPTME”, afirma
Arone.
Marcelo Arone - Headhunter, especialista em
recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no
mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade
Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto
Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas
como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG
Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash
Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000
empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento
para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity,
venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com
potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e
atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.
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