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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Ginecologista explica porque a modelo Carol Dias tem perdido urina durante a gravidez


Esta semana, a modelo Carol Dias, que espera um filho do jogador de futebol Kaká, revelou em seu Instagram que está entrando no terceiro trimestre de gestação e tem perdido urina, principalmente quando espirra.

Segundo a ginecologista Luísa Guedes, isso é muito comum e ocorre, em média, em 50% das gestantes.

“É preciso ficar alerta porque pode se tornar um problema mais sério quando o escape de urina acontece frequentemente, mesmo com pequenos esforços, ou ainda quando ela persiste após o parto”, explica.

A ginecologista tira outras dúvidas sobre o assunto. Confira na entrevista a seguir:


Poderia explicar em detalhes por qual motivo ocorre o escape de urina?

A bexiga, que armazena urina, tem como mecanismo de continência o esfíncter uretral e a musculatura pélvica. Durante a gravidez, ocorre um aumento da pressão abdominal pelo crescimento do útero gravídico, que se transmite sobre a bexiga, ultrapassando a capacidade do esfíncter uretral de segurar a urina. Também a capacidade da bexiga de armazenar urina está diminuída, porque durante a gestação o útero cresce, não permitindo a expansão da bexiga. Além disso, a musculatura pélvica sofre pressão e se distende durante o avançar da gestação, dificultando ainda mais o controle da urina, que, quando sofre mais pressão devido a espirro, tosse, ou pulo, acaba ocorrendo a perda urinária.

Muitas mães voltaram a ter filhos de maneira natural. Carol Dias também revelou ter essa vontade. A incontinência urinária pode ser influenciada pelo parto? É comum continuar após a gravidez?


Sim, a incontinência urinária é comum em mulheres, mais comum ainda em mulheres que engravidam e ainda mais comum após o parto vaginal. Apesar das inúmeras vantagens desse tipo de parto, realmente a incontinência urinária é uma desvantagem, que pode ser prevenida e tratada facilmente. Não é normal continuar após a gravidez, mas é comum, principalmente após a menopausa. Às vezes a incontinência urinária melhora após o parto e retorna após a menopausa.


É necessário fortalecer a região íntima antes de partir para a segunda gravidez? A falta de rigidez na musculatura pode influenciar a dificuldade de gravidez?

Sim, é muito importante a prevenção. Mesmo que após o parto a incontinência urinária melhore, numa segunda gestação pode retornar e aumentar ainda mais a chance da mulher permanecer com esse problema. Por isso, fortalecer a musculatura pélvica, que é um dos mecanismos de continência, diminui a chance de ter perda urinária. Na verdade, este tipo de prevenção, de treinamento e fortalecimento do assoalho pélvico, principalmente nas mulheres, deveria ser feito desde jovens, até mesmo antes de engravidar.


Existe algum exercício que ela pode fazer enquanto grávida para fortalecer a região e evitar o escape de urina?

Sim. Durante a gravidez ela pode fazer exercícios de contração da musculatura pélvica e fisioterapia pélvica para tratamento da perda de urina.


Para o período pós-parto, quais os tratamentos você indica para o fortalecimento da região íntima?

No pós-parto eu indico sempre o treinamento da musculatura pélvica, que pode ser feito com fisioterapia pélvica ou ainda com o uso da tecnologia HIFEM através de uma cadeira de onda eletromagnética. O Emsella provoca o estímulo do neurônio motor, resultando em milhares de contrações da musculatura do assoalho pélvico em uma sessão, tratando e prevenindo as perdas de urina.


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