Gestantes não fazem parte dos grupos de risco.
Mesmo assim, 1 em cada 3 mulheres alterou seus planos de gravidez.
Desde
que chegou ao Brasil, no início de fevereiro, e segundo dados do Ministério da
Saúde, o coronavírus já infectou mais de 11.100 pessoas e matou mais de 480.
Sendo que esses números, infelizmente, não param de subir. No mundo, a
Organização Mundial da Saúde já registrou mais de 69 mil mortes.
Comparado
à versão anterior do estudo, feita há quatro semanas, a parcela da população
preocupada com a Covid-19 aumentou de 72% para 86% dos entrevistados, segundo
estudo atual da Famivita. Inclusive,
os jovens, que não fazem parte do grupo de risco, estão preocupados com o
vírus.
O
estudo ainda aponta que a pandemia também está interferindo no planejamento
familiar dos brasileiros. Pelo menos 1 em cada 3 mulheres com intenção de
engravidar, já alteraram seus planos de gravidez; principalmente as mais
jovens. Dentre todos os estados do Brasil existem diferenças. No Paraná e na
Bahia, foram 44% e 43% das participantes que adiaram seus planos de gravidez,
respectivamente. Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados com os maiores
números de infectados e mortes, no mínimo 32% das mulheres mudaram seus planos.
Além
disso, 5 em cada 8 participantes acham que as medidas adotadas pelo governo não
são suficientes para conter a pandemia. Em São Paulo, 62% da população está
insatisfeita com as medidas. Já no Rio de Janeiro, somente 34% das pessoas
estão satisfeitas com o governo. O Paraná é o estado mais descontente com as
medidas adotadas, sendo que somente 22% acham que o governo está fazendo tudo
que pode.
Economicamente,
o impacto também já está sendo sentido pela população. Segundo um estudo feito
pelos pesquisadores Débora Freire, Edson Domingues e Aline Magalhães, da UFMG;
entre os brasileiros, a camada de menor renda deve ser a mais afetada.
Portanto, nosso estudo identificou que, 4 em cada 7 entrevistados já estão
sentindo os impactos financeiros negativos; e percebe-se um aumento do
percentual em famílias que têm filhos. O Acre está no topo da lista dos estados
com consequências econômicas negativas trazidas com o vírus; com 64% da
população. Em São Paulo e Rio de Janeiro, 56% dos participantes também já estão
sofrendo com os impactos financeiros negativos.
Segundo
o estudo, o estado mais preocupado com a pandemia é o Tocantins, com 93% dos
participantes. Seguido da Bahia e da Paraíba com 91% e 90% respectivamente. Rio
de Janeiro e São Paulo também estão no topo da lista, sendo que pelo menos 87%
dos entrevistados estão preocupados com o coronavírus. Em todos os estados, o
número de pessoas preocupadas é alto, e não chega a ser menor que 79%.
A
preocupação é natural, por isso, é importante notar que, conforme dados do
Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC), mais de 80% dos
casos analisados são brandos. Os grupos de riscos envolvem, pessoas com doenças
pré-existentes e as mais velhas. Por isso, ficar em casa é tão importante! Para
que o coronavírus não se espalhe para as pessoas que estão nos grupos de risco.
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