O uso do
drogômetro de forma educativa, pode trazer mais segurança ao ambiente de
trabalho e ajudar no combate ao consumo de substâncias ilícitas durante o labor
No mês em que se chama a atenção da sociedade para a saúde no ambiente
profissional, práticas focadas na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais
ganham força. As mais comuns são campanhas internas e palestras que
tratam de questões como: o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs);
alimentação balanceada; consumo de álcool, cigarro e outras drogas; atividade
física; assédio sexual e moral, depressão e outros. Além disso, durante o Abril
Verde, aparelhos como drogômetros e bafômetros podem ser utilizados, de forma
educativa, para conscientizar sobre os impactos do uso das drogas ilícitas e do
álcool no trabalho.
Dados de um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
revelam que 20% a 25% dos acidentes do trabalho no mundo em 2009 envolveram
pessoas que estavam sob o efeito de álcool ou outras drogas. Além disso, um
Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, produzido pela Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), em 2012, mostrou que 7,4 milhões de pessoas sinalizaram
que o uso do álcool gerou efeito prejudicial no seu trabalho e 4,6 milhões
confirmaram já terem perdido o emprego por consumir bebida alcóolica.
“A prevenção de doenças e acidentes deve fazer parte do dia a dia das
empresas, ela contribui para o bem-estar de todos e ainda evita problemas para
os profissionais e empresas. Questões como o consumo de álcool e drogas, por
exemplo, podem causar implicações sérias no ambiente de trabalho, inclusive
acidentes, principalmente quando envolve máquinas pesadas e serviços manuais”,
comenta Rodrigo Silveira, diretor da Orbitae, empresa de diagnósticos humanos e
forenses.
Diante disso, segundo o executivo é essencial trabalhar a
conscientização das pessoas dentro das empresas e, em conformidade com a
legislação trabalhista. No caso do uso de drogômetros e/ou bafômetros, de
maneira educativa, por exemplo, ele comenta, que a tecnologia disponível hoje
permite a realização de testes de uso de álcool e substâncias ilícitas de forma
rápida, discreta e menos invasiva, o que torna essa medida uma boa opção
instrutiva.
“O Intelligent Fingerprinting, por exemplo, é um drogômetro capaz de
identificar a presença no organismo, de THC, cocaína, derivados de ambos, anfetaminas,
mentanfetaminas e opiáceos. A verificação ocorre por meio do suor presente nas
digitais e o resultado sai em menos de dez minutos”, explica. Outra vantagem é
que pelo fato do teste usar apenas o suor, o descarte pode ser feito em lixo
comum, pois tem não tem risco biológico.
Além disso, o executivo
destaca o Alcoscan, um bafômetro passivo com tecnologia que possibilita a
detecção do consumo de bebida alcoólica à distância, ou seja, sem a necessidade
de contato físico ou uso de bocal descartável. “Esse equipamento já foi
utilizado em diversas blitz educativas da Lei Seca, realizadas no país, como
forma de orientar os motoristas sobre o consumo de álcool”, afirma.
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