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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Por coronavírus, o mundo deveria proibir a venda de animais silvestres


Criação de animais silvestres para alimentar o mercado de compra e venda é apontada como a principal causadora da propagação do coronavirus


A Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que atua em prol do bem-estar animal, se posiciona contra a criação e o comércio de animais silvestres em todo o mundo. A caça de animais em seu habitat natural ou a criação intensiva de espécies proporcionam um ambiente propício para o surgimento e proliferação de diversos vírus, como, por exemplo, a recente pandemia de coronavírus.

Neil D’Cruze, head global de vida silvestre na Proteção Animal Mundial pontua que, apesar de a China estar revisando a sua lei de criação e comércio de vida selvagem, a prática deve acabar e ser combatida em todo o mundo. “Os mercados de compra e venda de espécies silvestres – lotados de pessoas e animais silvestres – são uma bomba-relógio para epidemias mortais de saúde. Como estamos vendo no surto de coronavírus, este é um problema global, pois, quando acontecem, esses vírus são extremamente difíceis de conter, colocando toda a população mundial em risco”, afirma.

Os animais que fomentam este comércio são caçados na natureza ou são mantidos enclausurados, vivendo para a produção intensiva. “Essas espécies são colocadas em gaiolas apertadas e mantidas em condições precárias, sem nenhum tipo de higiene, com pouco acesso à alimentos, luz solar ou um ambiente similar com o seu habitat natural. Essa condição é um viveiro letal de doenças, além de causar enorme sofrimento aos animais”, pontua D’Cruze.

Recente pesquisa da Universidade de Agricultura do sul da China apontou o pangolim, pequeno mamífero em extinção, como um possível “hospedeiro-intermediário” do coronavírus. Apesar da ameaça, todos os anos mais de 100 mil pangolins são comercializados ilegalmente na Ásia e na África – sua carne é muito apreciada por chineses e vietnamitas e, suas escamas e órgãos, são utilizados para a medicina tradicional asiática.

Por isso, a Proteção Animal Mundial se posiciona contra a criação intensiva de animais, além de recomendar a todos os governos leis mais duras contra o comércio e tráfico de animais silvestres. “Animais silvestres pertencem à natureza. A proibição permanente do comércio de animais é a solução para eliminar o sofrimento das espécies, mantendo-as em seu habitat natural e evitando assim, grandes epidemias de saúde”, finaliza Neil D’Cruze.





Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection)
A Proteção Animal Mundial move o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor. Para mais informações acesse: www.protecaoanimalmundial.org.br.


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