A tão famosa "labirintite" é uma velha conhecida. Queixa muito
comum, a condição vem acompanhada de relatos de tontura giratória, tipo
vertigem (sensação de que a cabeça ou o mundo esta rodando), náuseas e vômito.
Muitas vezes, também aparecem reclamações de pressão ou barulho no ouvido, uma
espécie de zumbido.
Na verdade, a labirintite é uma inflamação/infecção no labirinto, o
órgão responsável pelo equilíbrio, localizado dentro da orelha interna “Ela
acomete pessoas de todas as idades, das crianças à terceira idade, podendo ser
desencadeada por diferentes motivos, principalmente infecções virais”, comenta
Dr. Daniel Magnoni, diretor do Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do
Hospital do Coração (HCOR).
Entretanto, a condição pode esconder problemas muito mais graves e é preciso
estar atento. A labirintite é apenas uma das diversas causas de tontura, e uma
das menos frequentes. A tontura, por sua vez, é a sensação de ilusão de
movimento e um sintoma recorrente a vários tipos de doenças. Portanto, ela é um
sinal que precisa ser investigado para avaliação da causa.
Os sintomas como a tontura, desequilíbrio e náusea podem ter origem em
problemas do próprio labirinto, como doença de Meniére, vertigem postural
paroxística benigna, otites, neuronites, fístulas liquóricas, doença de Cogan,
entre outros.
Além disso, esses sintomas também podem ser causados por alterações ou
lesões de origem no sistema nervoso central, como tumores, acidentes
vasculares, malformação de crânio e doenças neurodegenerativas.
“Os distúrbios metabólicos como colesterol e glicemia elevados também
podem ser causadores de queixas semelhantes à labirintite” alerta Magnoni.
O diagnóstico é feito por uma avaliação detalhada dos sintomas e sinais
clínicos, conferindo o tipo de tontura, bem como a duração, a frequência, a
intensidade e fatores que agravam ou amenizam a condição.
Os exames são de diferentes tipos e incluem exames laboratoriais, de
imagem (tomografia ou ressonância magnética), exames audiológicos (como
audiometria), eletrofisiológicos e outros.
O tratamento da
labirintite deve ser focado na causa e pode variar entre orientações
dietéticas, medicamentos, reabilitação vestibular (um tipo especial de
fisioterapia focado em equilíbrio), redução do peso e procedimentos cirúrgicos
especializados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário