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sábado, 15 de fevereiro de 2020

Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil: 10 mil crianças e adolescentes devem ser atingidos em 2020


Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta sobre a dificuldade da prevenção de novos casos; câncer infantil é a segunda causa de morte entre um e 19 anos de idade no país


câncer infantojuvenil deve acometer cerca de 10 mil crianças e adolescentes no ano de 2020 no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). Com a diminuição de causas de mortalidade associadas à desnutrição e doenças que podem ser prevenidas com vacinas, o câncer infantojuvenil emergiu como a segunda maior causa de morte entre um e 19 anos de idade no país, perdendo apenas para causas externas como acidentes e homicídios. 

“Diferente do que acontece com um percentual significativo de neoplasias que acometem os adultos, é quase impossível prevenir o surgimento de novos casos, uma vez que eles não estão associados a fatores de risco conhecidos, como tabagismo, e somente cerca de 10% dos casos têm alguma relação com doenças hereditárias”, explica o presidente da SOBOPE, Dr. Cláudio Galvão.
Segundo Dr. Cláudio, o Brasil não possui nenhuma política formal de atendimento ao câncer infanto-juvenil, que acaba sendo indevidamente agrupado com outros tipos de câncer, como os que acometem adultos, com epidemiologia e tratamentos completamente diferentes. Além disso, nenhuma política dedicada à infância e adolescência contempla esses pacientes. 

“Nesse aspecto o Brasil está atrasado em relação a outros países na América Latina, como o Chile e a Colômbia, com programas mais avançados. Em setembro de 2018 a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma Iniciativa Global para o tratamento do Câncer Infantil do qual o Brasil ainda não faz parte”, afirma o presidente da entidade. “Precisamos urgentemente de uma política nacional de combate e tratamento ao câncer infantojuvenil”. 

Na análise do presidente da SOBOPE, quem se destaca no atendimento desses pacientes atualmente são os oncologistas pediatras, muitos deles acumulando plantões e outros empregos para atender os diversos pacientes ao redor do país. Em sua visão o Brasil conta com um forte papel das instituições de apoio, muitas delas oferecendo alojamentos, transporte e cestas básicas para pacientes e familiares, diminuindo significativamente taxas de abandono do tratamento, o que há alguns anos era um grande problema. “Também se destacam os esforços de Hospitais Filantrópicos e muitas Santas Casas para atender adequadamente essa população”, conclui. 


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