Especialista em medicina do trabalho dá 12 dicas
Mais um país, o primeiro africano, acaba de confirmar o primeiro caso
suspeito de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Segundo a
agência de notícias France-Presse, o governo do Egito confirmou, nesta
sexta-feira (14), seu primeiro caso, ainda sem mais detalhes. Na China,
até as 15h desta sexta-feira, há cerca de 64 mil casos confirmados de Covid-19,
com o número de óbitos além 1,3 mil. Fora da China, dois países somam duas
mortes pela doença: Japão e Filipinas. No início da semana, na sede da
Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, mais de 300 especialistas em
saúde se reuniram para medir o risco de transmissão do Covid-19, nome da
doença provocada pelo novo coronavírus, de acordo com recente denominação da
OMS.
A rápida disseminação do novo coronavírus na China e o risco de pandemia
em todos os continentes levaram a um alerta global da Organização Mundial de
Saúde (OMS), contendo uma série de instruções e procedimentos para prevenir o
avanço da doença. Com exceção da China, 25 países já apresentam casos ou
suspeita da doença, incluindo o Brasil.
Os coronavírus (CoV) formam uma família viral extensa e são conhecidos
desde os anos 1960. Provocam doenças respiratórias leves a moderadas e podem
ser confundidas com um mero resfriado. É o 2019-nCoV, variação até então pouco
conhecida e mais agressiva, que tem alarmado o planeta. O primeiro caso foi
registrado próximo ao mercado de frutos do mar em Wuhan, na região central da
China. Apesar de o vírus ter surgido primeiramente em animais, a transmissão do
coronavírus já se dá de pessoa para pessoa. Segundo especialistas, o contágio
pode ocorrer ainda na fase incubação do vírus (assintomática), com duração de
até 14 dias.
“Febre alta, tosse, diarreia e dificuldade para respirar são os
principais sintomas da doença. Em casos mais graves – que alcançam de 15% a 20%
dos pacientes – avança para pneumonia, insuficiência renal e síndrome
respiratória aguda grave, males que podem levar à morte. Até o momento, o novo
coronavírus tem se mostrado uma forma menos letal do que o SARS e o MERS”,
explica o diretor-médico da RHMED|RHVIDA https://www.rhmed.com.br/, dr. Geraldo Bachega.
Circulação de informação responsável
Conversar sobre o tema no ambiente de trabalho vai ajudar a sanar
dúvidas e evitar clima de pânico infundado: “Promover palestras com
especialistas, intensificar a comunicação interna em torno de medidas de
prevenção e observar a importância de cuidados básicos com a saúde são sempre
aconselháveis. Quanto mais informados os colaboradores, menos motivos para fake
news e medo. Como não há casos confirmados no Brasil, é bom que fique claro a
todas as equipes que não há ainda razão para mudanças na rotina da empresa, com
adoção de home office, férias coletivas ou outras medidas sem qualquer
fundamento diante do atual cenário no país”, esclarece o diretor-médico da
RHMED|RHVIDA, que reforça: “Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou uma
lista de precauções básicas que podem reduzir o risco geral de contrair ou
transmitir não só o novo coronavírus, mas também outros tipos de infecções
respiratórias agudas. Nesse caso, a empresa tem uma boa oportunidade de chamar
a atenção para a vacinação contra o H1N1 e outros tipos de gripe”.
O diretor-médico da RHMED|RHVIDA, dr. Geraldo Bachega, lista 12 dicas
para ajudar a prevenir a doença em ambiente de trabalho:
- – Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
- – Lavar frequente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
- – Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- – Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- – Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- – Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- – Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e garrafas;
- – Manter os ambientes bem ventilados;
- – Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- - Beber bastante líquido e cuidar da alimentação para que não haja queda da imunidade;
- - Ir ao médico aos primeiros sintomas. O diagnóstico é realizado pela coleta de materiais respiratórios;
- - Por se tratar de uma variação do coronavírus, ainda não existe vacina ou tratamento específico para a doença. Os procedimentos são adaptados conforme os sintomas de cada paciente.
Entenda o que é emergência global: Uma emergência de saúde
pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês) é uma declaração
formal da OMS sobre o risco real à saúde da humanidade mediante a disseminação
de uma epidemia. O protocolo requer uma resposta internacional rápida e
coordenada para evitar que a doença se espalhe. Segundo o Regulamento Sanitário
Internacional (RSI), do qual o Brasil é signatário, os países devem atender às
recomendações e práticas publicadas pelo documento de emergência. Governos e
autoridades devem organizar e colocar em prática planos de ação para conter a
ameaça sanitária. As declarações são temporárias e passam por reavaliação a
cada três meses. Saiba mais em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus
RHMED|RHVIDA
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