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A fisioterapeuta
com foco em Saúde Integrativa, Frésia Sa, questiona, por que será que é tão
difícil mudarmos hábitos, mesmo sabendo o quanto eles atrapalham nossa saúde?
Sabemos que, para a maioria das pessoas, é muito
difícil mudar um hábito. Por que será? O que está relacionado às nossas rotinas
que nos impede de realizar mudanças para melhor? Para a fisioterapeuta com foco
em Saúde Integrativa, Frésia Sa, Talvez, a resposta esteja nas nossas crenças e
nos nossos traumas.
Alguns números podem nos ajudar a compreender por
que mudar hábitos é algo diferente para cada pessoa: com relação à questão de
tempo, existe uma pesquisa realizada que muda um pouco a lógica que é apregoada
nas redes sociais e que já foi tema de livros. Segundo um estudo da
Universidade Colege London, com 96 participantes, que durante 84 dias
realizaram mudanças de rotina em diferentes graus, existem, também, diferentes
tempos para a adesão de hábitos.
“Para hábitos simples, como beber um copo com água
todas as manhãs, o prazo de 21 dias, que é o mais conhecido, funciona muito
bem”, explica Frésia, “entretanto, conforme o hábito vai sendo mais intenso, ou
necessite de mudanças mais drásticas que mexam conosco de formas mais
profundas, o prazo vai, também, aumentando”.
A média desse estudo foi de 66 dias, com picos de
84 dias, no caso de mudanças mais complexas, como realizar 50 abdominais
diariamente. “Para nós, que trabalhamos com saúde integrativa, ou seja, que
reúne todas as áreas da vida e que também investiga traumas, crenças, as
mudanças precisam estar alinhadas com a saúde corpo-mente para acontecerem de
formam mais natural e, portanto, rápida”, lembra Frésia.
Mas, o que são hábitos?
A fisioterapeuta explica: “o que conhecemos por
hábitos são ações repetidas que realizamos numa sequência automática com uma
frequência que se torna uma rotina. Esta capacidade mecânica de realizar libera
a mente, o que facilita muito a ação do sistema nervoso, pois a força vontade
dispende muita energia, nos ocupando de maneira muito significativa. Seria como
quando aprendemos a dirigir, no início gastamos uma energia muito maior
pensando em cada etapa de como fazer. Depois quando isto vira um “hábito” nossa
mente fica livre para escutar uma música, conversar”, revela.
“Quase metade de tudo que fazemos são hábitos”,
lembra Frésia, “portanto, se deseja transformar a sua vida, mudar os hábitos é
um caminho bastante decisivo. Neste sentindo, usar o foco de maneira consciente
para identificar que hábitos são construtivos ou limitadores para o seu
propósito pode facilitar atingir a realidade que você deseja”.
Assim, a primeira decisão é identificar todas as
características do padrão que deseja mudar na sua vida. os pontos principais
que se deve analisar são: gatilho, rotina e recompensa. Então, o que desperta
em você a ação mecânica? Como são as etapas destas ações? O que você ganha com
esta repetição diária de ações?
Frésia explica que não há como eliminar um hábito
completamente: “nesse sentindo, o mais inteligente seria substitui-lo. Para que
você tenha sucesso nesta substituição é importante que você comece pequeno,
isto é, escolha um hábito por vez e implemente pequenas novas ações repetidas e
abuse das recompensas. Lembre-se você é aquilo que faz e pensa repetidamente,
portanto escolha com bom senso aquilo que vai incorporar em sua vida, isto virá
a ser um obstáculo ou um facilitador da vida que você tanto deseja”.
Quero mudar, mas minhas
memórias não deixam
“Vamos pensar em um caso de alguém que tenha
ouvido, a vida toda, que é preguiçoso, ou pouco esforçado, ou que nunca
consegue nada do que quer. Desde criança. Essa crença, no caso, ficou gravada
no inconsciente e essa pessoa possivelmente agirá, na vida, sem perceber, de
forma preguiçosa e pouco esforçada. Não por vontade própria e, muitas vezes,
nem mesmo por uma característica pessoal. Mas porque ela acredita que é assim”,
revela a especialista.
Uma crença limitante pode ampliar o tempo de uma
mudança de hábito ou, inclusive, invalidar a própria mudança! “O mesmo acontece
com traumas. Alguém que sofreu um trauma em um assalto noturno, por exemplo,
pode criar um hábito de não sair de casa à noite. E, caso o trauma não seja
tratado, mudar esse hábito pode ser quase impossível. Estamos dando um exemplo
prático, mas podemos ter traumas desconhecidos que nos limitam de forma
inconsciente”, lembra Frésia.
Para ela, em casos como esses, o trabalho de Saúde
Integrativa, que analisa todas as áreas da vida do paciente, e o uso da
Microfisioterapia e do PSYCH-K®, por exemplo, que são ferramentas
que Frésia utiliza, são fundamentais para tratar os traumas e as crenças e
criar um programa de mudança de hábitos.
Biointegral Saúde
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