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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Janeiro é dedicado a Campanha Nacional de Hanseníase





A Hanseníase ainda é carregada de estigmas. Não leva à morte, mas pode causar deformidades e incapacidades físicas irreversíveis. Ela, como muitas doenças que atingem a pele, expõe o paciente ao preconceito. 

Na Idade Média, os portadores de Hanseníase eram obrigados a carregar um sino para anunciar a própria presença. Até pouco tempo atrás, o isolamento compulsório para separar os pacientes do restante da população era prática comum no Brasil. Familiares eram separados e ficavam anos sem se ver por conta dessa política pública. 

Apesar do preconceito persistir, essas imagens não correspondem mais a abordagem atual da doença, pois o tratamento é eficaz e está disponível no SUS. Ao contrário da crença popular, ela é de baixo adoecimento, porque aproximadamente 90% da população possui resistência natural à enfermidade. A sua transmissão se dá por contato respiratório muito próximo e frequente com doentes transmissores, sem tratamento.

Diante desse cenário, era de se esperar que a doença estivesse praticamente erradicada do país, correto? A realidade, porém, é que a Hanseníase ainda faz muitas vítimas no Brasil: cerca de 30 mil casos anuais, ficando atrás somente da Índia.

Múltiplos fatores estão envolvidos nessa questão, entre eles a dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde, principalmente no Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país, levando ao diagnóstico tardio. Dessa maneira, muitos pacientes estão doentes sem saber e podem estar transmitindo a doença que, com diagnóstico e tratamento precoces, pode ser vencida.


Hanseníase: O que é Mito? O que é Verdade?

Brasil é o 2º país com maior número de casos no mundo, atrás somente da Índia, alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia


Janeiro é o mês dedicado a conscientização, combate e prevenção da Hanseníase. Popularmente, referida como uma enfermidade bíblica, a mais antiga da humanidade, a Hanseníase tem cura, mas ainda hoje representa um problema de saúde pública no Brasil.

Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. É transmitida por um bacilo por meio do contato respiratório próximo e prolongado entre as pessoas. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos minuciosos e, principalmente, da capacitação do médico. No entanto, fica o alerta: quando descoberta e tratada tardiamente, a Hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas.

No Brasil, o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. 

Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto, a dermatologista Sandra Durães, Coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca o que “MITO” e o que “VERDADE” sobre a doença:


- Hanseníase: doença tão antiga que já foi eliminada! É MITO

A Hanseníase ainda possui grande ocorrência grande no mundo e, principalmente, no Brasil.


- Pessoa de qualquer sexo, idade e classe social pode “pegar” a Hanseníase! É VERDADE

Apesar de qualquer um estar sujeito a adquirir a bactéria, 90% da população tem resistência para adoecer.


- Apenas a população de baixa renda tem Hanseníase. É MITO

Qualquer um pode ter a doença. Locais de moradia aglomerada facilitam a sua transmissão.


- A Hanseníase pode causar deformidades e incapacidades físicas! É VERDADE

Com diagnóstico e tratamentos tardios, há o risco de graves sequelas. Isso pode ser evitado com o tratamento rápido, que cura e é gratuito em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).


- É possível “pegar” Hanseníase de um animal! É MITO

A Hanseníase só é transmitida de uma pessoa que tenha a doença na forma infectante, e não tratada, para outra pessoa


A aglomeração de pessoas facilita a transmissão da Hanseníase! É VERDADE

Ambientes muito fechados e com pouca circulação de ar são locais propícios para a transmissão da doença.


Ao suspeitar dos sintomas, procure uma unidade de saúde da família mais próxima ou um dermatologista nas unidades de saúde do SUS e, também, no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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