A quinta geração da internet móvel vem aí e promete revolucionar o
segmento de redes e comunicações, fornecendo taxas de transmissão ultrarrápidas
– que podem ser até 100 vezes mais rápidas que o 4G atual. É certo que
vários players dessa indústria estão fazendo o possível e o inimaginável para
que em 2020 as pessoas tenham acesso ao 5G com tudo o que essa tecnologia
implica. Além da velocidade incomparável, também haverá ganhos relevantes em
termos de conectividade e qualidade da comunicação em rede.
De acordo com o Mobility Report, da Ericsson, as implementações
de 5G estão previstas para este ano e haverá mais de um bilhão de assinaturas
5G para banda larga móvel até 2023. Isso significa que o tráfego de dados
móveis deve aumentar oito vezes nesse período. Na opinião de Adriano
Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud, a tecnologia 5G
deve começar a ser implantada primeiro em áreas urbanas de maior densidade e
que apresentam uma banda larga móvel mais aprimorada. “Várias indústrias
vão se beneficiar com o que o 5G tem a oferecer, desde que seus players estejam
alinhados com esses avanços. O 5G não é para todos, é para os ‘fortes’. Do
setor de saúde à indústria automotiva, de residências inteligentes a cidades
inteligentes etc. O fato é que os recursos do 5G vão interferir
definitivamente no cenário atual, permitindo vários aplicativos com os quais o
4G não conseguia lidar”.
Filadoro também acredita que a tecnologia 5G é mais do que bem-vinda
para setores dependentes da nuvem – além das próprias indústrias desse mercado.
“O 5G vai acelerar o investimento nos negócios em nuvem através de sua ampla
utilização para diversas inovações. Vamos ter um aumento impactante de serviços
em nuvem. O novo potencial de comunicação abre vários caminhos, até mesmo
várias largas avenidas para as empresas. Isso é, por exemplo, o que estava
faltando para impulsionar a Internet das Coisas (IoT). A combinação das
tecnologias de 5G celular e nuvem proporcionará uma riqueza substancial em
capacidade, flexibilidade e funcionalidade às ofertas de serviços de IoT. Isso
ajudará as empresas a combinar novas fontes de dados com as já tradicionais,
examinando informações em tempo real. Esse tipo de iniciativa permite fazer
novas correlações de dados e é fundamental para questionar o pensamento
institucional, além de agilizar mudanças”.
Na opinião do especialista, quando se trata de Internet das Coisas para
uso Industrial (IIoT), como gerenciamento da cadeia de suprimentos e processos
de manufatura, ser capaz de processar e analisar a enorme quantidade de dados
em tempo real é crucial para obter informações valiosas – usadas como vantagem
competitiva no gerenciamento de custo e eficiência. O 5G tem potencial para
reduzir o custo da análise de Big Data e torná-lo ainda mais eficaz, dada a
natureza remota e variável dessas cargas de trabalho.
“A maior parte dos provedores de serviços de computação em nuvem já
conta com a infraestrutura de armazenamento necessária, mas precisa melhorar
seus recursos de gestão de dados em tempo real. À medida que o 5G e suas
aplicações evoluírem, haverá uma adoção significativa da tecnologia nas mais
variadas áreas – envolvendo cargas de trabalho enormes e complexas, tornando a
computação em nuvem um componente essencial. Isso já está para acontecer e
todos precisamos estar atentos para não perder o timing”, avalia
Filadoro.
Fonte: Adriano
Filadoro - formado em tecnologia com extensão em finanças pela Fundação
Getúlio Vargas – onde atualmente cursa MBA em Big Data e Data Science. É
diretor-presidente da Online Data Cloud, tendo sólida vivência em
Tecnologia da Informação – mais de 20 anos de atuação na área de Segurança,
Virtualização e Infraestrutura. www.onlinegroup.com.br
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