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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Talvez o que você sente não seja amor

 Divulgação

Quantas vezes acabamos vivendo relações que duram por anos, mas que são baseadas em diversos sentimentos, menos em amor? Como você avalia os sentimentos que direcionam e mantêm suas relações? Será que é amor?


O amor é o sentimento mais romantizado, o mais desejado e, talvez, o mais distorcido. A Orientadora para Mulheres, com foco em relacionamento, Camilla Couto, questiona: “quantas vezes será que você já amou de verdade? O que é o amor em uma relação de casal? Há quem viva por anos com alguém, e descubra, no fim da vida, que não amou de verdade”. Segundo ela, não deve haver arrependimento maior do que não ter vivido um sentimento de verdade, não é mesmo? Por isso, é preciso observar se as suas relações têm permitido amar e ser amado.

Camilla lembra que, quando estamos com alguém, há muito envolvido: “experiências passadas, traumas, crenças, expectativas, opinião familiar, status social. E tudo isso da parte dos dois. Saber se o amor está presente, no meio disso tudo, pode ser uma tarefa um tanto complexa. Principalmente quando começamos um relacionamento e nos vemos envoltos pela paixão, pelo desejo, pelas fantasias – aí, é ainda mais difícil saber”. Mas ela afirma que, com o tempo, é possível perceber e identificar o que realmente faz parte da relação.

Ela enfatiza: “tem quem permaneça em uma relação, depois que a paixão passa, por apego ou carência. A paixão pode, inclusive, ser fruto desses sentimentos. Quando estamos muito carentes, costumamos aceitar o que vem, nos apaixonamos pela primeira pessoa que parece preencher os requisitos básicos. Depois, temos medo de estar novamente sozinhos, e vamos deixando a relação acontecer”.

“Tem, também, gente que opta por ir levando uma relação porque o outro é super amoroso. Muitas vezes, quando gostamos do jeito que somos tratados, surge o medo de nos distanciarmos dessa proteção. Acreditamos que, talvez, jamais encontraremos alguém que nos ame tanto assim e nos trate tão bem”, diz ela.

Mas Camilla reflete que, em nenhuma dessas situações, há exatamente amor envolvido. E que nem sempre temos consciência disso e do que realmente rege as nossas relações, até começarmos efetivamente a olhar para os nossos sentimentos. Fazer essa avaliação faz parte de se conhecer, de se entender, de buscar mais saúde emocional, para pode viver relacionamentos mais assertivos e harmoniosos.

Outro aspecto que ela enfatiza é o da vingança: “muitas vezes, quem sai de um relacionamento de forma conturbada, em que se sentiu traído ou trocado, por exemplo, pode engatar outra relação e permanecer nela pelo pior dos motivos: vingança. Para evitar ficar sozinho, para que vejam que está “feliz”, muita gente segue em uma parceria que nem de perto é a ideal”. Mas ela questiona: “será que vale a pena”?

Ou então, há quem fique com alguém por pura conveniência...  para agradar a família, para se aproveitar das boas condições financeiras do outro, para causar ciúme em outro alguém. Tudo errado. E o amor, fica onde? “Quando amamos, nada disso importa! Sei que parece clichê, mas é assim mesmo”, lembra ela.

“Eu atendo muitas pessoas que não fazem ideia do porquê mantêm suas relações. Ou, pior, não conseguem responder de maneira espontânea e verdadeira à simples pergunta: “Você ama quem está com você?”, explica a orientadora. Segundo ela, tem gente que até diz que sim, mas se justifica com motivos que nada têm a ver com o amor.

Camilla lembra: “o amor é fluido, é fácil, é simples, acontece. Não requer grandes esforços e mais: não compara, não olha conta bancária, não vem cheio de estratégias, não é previsível e não vem com manual. Se tem respeito, se é recíproco, se evolui e faz com que os dois cresçam e amadureçam, aí, sim, há grandes chances de ser amor. Fora isso, pode ser um monte de fantasia e de minhocas da sua cabeça ou até do seu coração”.

“Tenha clareza do que realmente você sente por seu parceiro ou parceira e o que move suas relações. Será que é mesmo amor? Não se culpe se sua resposta for outra. Mas faça a sua parte. Olhe para dentro de si e busque as respostas e os sentimentos que direcionam a sua vida e os seus relacionamentos. Faça isso enquanto é tempo. O que importa, no final das contas, é que seja de verdade. Não desperdice sua vida vivendo pela metade”, finaliza Camilla.






Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.




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