Após estudo aprofundado, a psicóloga Gail Matthews, da Universidade
Dominicana da Califórnia, detectou que a Síndrome do Impostor atinge, em média,
70% dos profissionais bem-sucedidos, principalmente mulheres, como a
ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.
Michelle revelou, em uma entrevista concedida no Reino Unido, no final
do ano passado, que sofreu com a síndrome durante anos. Tudo teria começado
quando seu orientador profissional, na Universidade de Harvard, onde estudou,
disse que ela nunca seria boa o suficiente, estigma que carregou por muito tempo
e contra o qual ainda luta até hoje.
“A pessoa acredita que todas as tarefas que assume precisam ser
perfeitamente executadas e, devido ao elevado nível de exigência, acaba procrastinando
suas atividades. Geralmente, esse profissional tende a ser obsessivo com
detalhes, podendo, inclusive, perder a objetividade”, alerta David Braga, CEO
da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos de média e alta
gestão, que atua em todos os setores da economia na América Latina, com
escritórios em São Paulo e Belo Horizonte.
O perfeccionismo, muitas vezes, anda de mãos dadas com a síndrome. Um
estudo conduzido entre os anos de 1989 e 2016 por Thomas Curran, do
Departamento de Saúde da Universidade de Bath, no Reino Unido, e Andrew P.
Hill, da Universidade de York, indicou que o perfeccionismo pode impactar de
forma severa a saúde mental do indivíduo.
De acordo com David Braga, ao identificar essas posturas, a pessoa deve
buscar um profissional que funcione como uma espécie de mentor para auxiliá-la
nas questões técnicas e lhe transmitir mais segurança.
“A psicoterapia também pode ser um bom caminho. Se conhecer, entender
seus pontos fortes e fortalecer seus talentos é essencial. O indivíduo precisa
se conscientizar de que suas conquistas não são uma questão de sorte. Sem
talento, nada do que ele realizou teria sido possível”, enfatiza.
David
Braga - CEO da Prime Talent: "Profissional pode perder a
objetividade".
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