Durante
os mais de dez anos em que trabalhei com o público jovem, e também tendo atuado
em algumas empresas, constatei que a maioria das pessoas não são felizes no
trabalho, e pior: carregam um personagem às vezes a vida toda, deixando de ser
quem realmente são de verdade. Vi amigos pedindo afastamento de suas funções,
adoecendo e sendo consumidos pela depressão, síndrome do pânico e Burnout.
Acreditem: essa pessoa que vos fala é uma vítima também. A Síndrome de Burnout,
por exemplo, foi incluída e reconhecida como doença pela Organização Mundial de
Saúde (OMS).
De
acordo com dados divulgados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho,
no Brasil, 72% das pessoas sofrem com estresse no trabalho e 32% tem a Burnout,
também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, sendo denominada desta
forma pelo psicanalista alemão Herbert J. Freudenberger, no início dos anos
1970.
É
fato que a corrida para a felicidade está mais acirrada, e que algumas empresas
já perceberam que trabalhar em um ambiente mais amigável e leve faz toda
diferença quando se lida com gente. Sim, nos últimos anos uma onda de alegria
invade as melhores empresas para se trabalhar. Coachs estão tomando conta
da nossa timeline, repleto de histórias incríveis de superação, de
alguém que sofria no trabalho e, finalmente, encontrou a luz divina da
felicidade. Será que ela cabe a todos? É uma realidade para quem não quer abrir
mão do trabalho diário? A resposta é depende, porque quem cria a realidade da
felicidade é somente você. É preciso mudar atitudes para querer resultados
diferentes, já dizia Albert Einstein.
Estudo
feito pela consultoria Robert Half revelou que, 91% dos executivos acreditam no
humor como um importante avanço para a carreira, e 84% dos entrevistados pensam
que, em nível organizacional, as empresas estão aderindo ao que elas próprias
chamam de “a vantagem do humor”. Quando estamos felizes, há uma ativação
biológica em quase todo corpo e emite a sensação de se sentir vivo. Não por
acaso, queremos ser felizes para sentirmos vivos. Para isso podemos incluir
pequenas mudanças, gerando hormônios que nos dão a sensação de prazer. Se eu
puder dar um conselho diria “escolha ser leve sempre”.
O
dia a dia engole a gente, pois o cérebro tem mais facilidade em nos levar para
o lado negativo, com a finalidade de nos proteger do perigo. Então, escolher
ser leve, desprendemos mais energia e deve ser consciente. Precisamos somar a
inteligência emocional com as práticas mais palpáveis, como mostrar novos
caminhos de nos conectarmos.
Ser gentil nos proporciona uma sensação de prazer
imediato. Espalhar essa conexão genuína irá fazer o dia de outra pessoa mais
feliz. Quando se recebe uma gentileza, sem estar esperando, é sincera e é
recebida com mais compaixão. O altruísmo é um ato de bondade e de recarga
energética.
Simon
Sinek, referência em todo o mundo para empreendedores, que inspira líderes a
focarem no propósito de seus trabalhos e de suas vidas - criador do conceito do
Círculo Dourado – diz que o nosso piloto automático responde rapidamente ao “o
que fazemos” e “como fazemos”. Mas, a verdadeira conexão, que oferece a
sensação de estar vivo, é quando sabemos exatamente o porquê fazemos o que
fazemos.
Um
foco maior de impacto na sua vida e na vida de outras pessoas. A quem você
impacta? O que o mundo está ganhando com a sua participação? Olhar pra dentro é
um ótimo exercício pra conhecer os atalhos para a sua felicidade. Pois, não há
equação ou fórmula mágica que funcione a todos. Encontre a sua e potencialize a
sua sensação de bem-estar todos os dias, é o que eu tenho feito com minha capa.
Maryana
Rodrigues - fundadora da Humor Lab. Trabalhou como instrutora recreativa na Disney
e foi estudar mais sobre stand-up comedy para entender como roteirizar o humor,
com conteúdo, e levar para as empresas. Especializou-se no tema de inteligência
emocional (Vale do Silício, Califórnia). Instragran: maryanacomy
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