Segundo dados da
Scielo, a dor de crescimento é a entidade clínica responsável por 20% das dores
nas crianças em fase de desenvolvimento
A fase de crescimento de uma criança é o momento do
desenvolvimento físico, formação corporal e evolução mental. As mudanças são
perceptíveis com o aumento dos músculos, fortalecimento dos ossos, crescimento
de pelos e amadurecimento facial. O problema é quando este avanço começa a
afetar partes específicas do corpo, causando dores nas regiões das pernas,
coxas, panturrilhas e atrás dos joelhos durante a noite, as chamadas “Dores De
Crescimento”.
As dores podem percorrer todo o período de
crescimento até os 18 anos, porém ocorre frequentemente na faixa dos 5 e 10
anos. Nos dias que a criança pratica mais exercícios ou passa muito tempo
brincando, os incômodos podem aparecer na hora de dormir ou no meio da noite,
causando até perda de sono por conta da dor intensa.
Claudia Goldenstein Schainberg, médica especialista
em reumatologia e tratamento de doenças que afetam o tecido conjuntivo e o
sistema musculoso esquelético, incluindo articulações, ossos, tendões e
ligamentos explica mais sobre este fenômeno, seus sintomas, tratamentos e
prevenções.
“Apesar de não haver uma causa que seja comprovada
cientificamente para o aparecimento das dores, existem várias teorias, como, a
de que os ossos cresceram mais rápido do que os músculos e tendões, causando
uma sobrecarga. Outra hipótese é que seria provocada pelo excesso de atividade
física e, que pode ser um problema hereditário, também, porém sem confirmações
para ambas as causas”, explica a especialista
Segundo a médica, a origem do desconforto pode ser
predominantemente biomecânica, infecciosa, inflamatória ou autoimune, o que
mobilizará específicas áreas médicas que seu reumatologista saberá exatamente
qual te direcionar. “Normalmente os sintomas deste âmbito se baseiam em dores
nas articulações, cansaço e dificuldades para se movimentar.”
Não há prevenção para este incomodo e segundo a
especialista, para amenizar o problema, é necessário um tratamento afetivo com
as crianças, ou seja, permanecer ao seu lado e lhe prestar atenção quando
estiverem com dor. “Massagens, bolsa de água quente, alongamentos, hidratação e
analgésicos podem amenizar o desconforto”, reforça Claudia.
“As dores não geram doenças mais graves, pois fazem
parte do processo natural do crescimento humano, de modo que no dia seguinte do
ocorrido, normalmente a criança tem disposição para brincar, correr e andar
normalmente. O melhor a se fazer é passar por um pediatra e reumatologistas
para conferir todas as possibilidades de haver condições mais graves”, conclui
a reumatologista.
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