Dados
do Ministério da Saúde revelam um aumento de 40% do número de casos de
diabetes nos últimos 12 anos no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), cerca de 16 milhões de pessoas sofrem com a doença em nosso
país. Mesmo sendo uma enfermidade, que acomete uma grande parte da
população, muitos brasileiros ainda sabem muito pouco sobre as formas de
prevenir e tratar a disfunção. Com tudo isso, se torna essencial que as pessoas
se informem sobre o assunto e saibam identificar os seus sintomas.
De
acordo com o médico generalista e diretor da Clínica Penchel, Lucas Penchel, o
diabetes pode ser definido como uma doença de origem crônica e que se faz
presente quando o organismo deixa de produzir a insulina ou, quando a produz,
ela é incapaz de exercer adequadamente as suas funções. “Relacionado a
predisposições genéticas ou a deficiências do organismo, o diabetes mellitus
tipo 1, é caracterizado pelo excesso de glicose no sangue. Ele neste caso, pode
surgir na infância ou adolescência e possui caráter autoimune, ou seja, as
células de defesa do organismo passam a danificar o pâncreas, que é o principal
responsável pela produção de insulina. Sede constante, aumento da vontade de
urinar, boca seca, perda de peso, sensação de formigamento, e dificuldade de
cicatrização de feridas, são alguns dos principais sintomas da doença”,
explica.
Segundo
Lucas Penchel, os pacientes com essa condição devem adotar uma alimentação
isenta de açúcar e ter o total controle sob a ingestão de carboidratos. “Estas
pessoas ainda devem praticar exercícios físicos por cerca de 30 minutos ao
menos 3 vezes por semana. Na maioria dos casos, também é necessária a aplicação
diária de insulina”, conta.
Diferente
da primeira variação da doença, no diabetes tipo 2, o organismo permite a
produção de insulina, mas pode desenvolver uma resistência ao hormônio. Este
que contribui para o transporte da glicose para o interior das células.
“Atingindo com maior frequência adultos e idosos, este modelo do distúrbio
também pode afetar crianças e adolescentes. Na maioria dos quadros, esse tipo
da doença pode ser tratado por meio de mudanças na alimentação e realização de
atividades físicas, sem que seja necessária a aplicação de insulina”, comenta.
Penchel
ressalta que os pacientes diabéticos devem se emprenhar na definição de uma
dieta livre de açúcares e com baixo teor de carboidratos. “Também é
indispensável, a realização de exercícios físicos moderados. Lembro, que tais
atividades devem ser acompanhadas por um profissional qualificado para que o
paciente não passe por um episódio de hipoglicemia. Essa alteração pode levar à
perda momentânea da consciência”, adverte.
O
médico alerta que abandonar o açúcar não é a única forma de evitar os
desdobramentos do diabetes tipo 2. "É um grande erro acreditar que ao
parar de comer doces, uma pessoa pode evitar que a doença se desenvolva. O
ideal é manter uma nutrição balanceada e saudável baseada na ingestão de
fibras, frutas, legumes, verduras, proteínas vegetais e animais. Dando
preferência a alimentos in natura ou frescos. Também é recomendável ficar
atento ao peso corporal e a pressão arterial, e deixar o sedentarismo de lado”,
aponta.
Por
fim, Lucas aponta que o diabetes pode influir no aparecimento diversos
problemas de saúde. “Quando não há o controle rigoroso da glicemia, a doença
pode contribuir para o surgimento de lesões e placas nos vasos sanguíneos, o
que por sua vez, compromete a oxigenação dos órgãos e aumenta o risco de
infartos e acidentes vasculares. Ainda pode ocorrer a falência dos rins,
cegueira, comprometimento de nervos, gangrena e amputações. Por todas estas
consequências, é muito relevante enfatizar que a prevenção é o melhor caminho
para qualquer paciente. Então, caso os primeiros sinais da doença sejam
notados, procure pela ajuda médica”, conclui.
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