Você sabe o que é o hormônio
antimülleriano (AMH)? Se pretende engravidar, você precisa entender a relação
dele com uma futura gestação. O hormônio não determina se você pode ou não engravidar,
mas ele representa a sua reserva ovariana, ou seja, se o seu ovário está com um
número normal ou diminuído de óvulos para a fecundação.
Também chamado de Substância
Inibidora Mülleriana (MIS), esse hormônio é produzido pelas células do ovário e
desempenha função importante na fisiologia ovariana, regulando o crescimento e
desenvolvimento dos folículos (foliculogênese) durante a vida reprodutiva. Sua
presença no corpo da mulher se inicia com o nascimento e o acompanha até a
menopausa.
A análise é realizada através
de exame de sangue simples e a dosagem do hormônio antimülleriano, que pode
variar de < 0,16 ng/ml (baixa resposta) a > 4,0 ng/ml (alta resposta), é
proporcional à reserva ovariana: quanto menor a sua taxa, mais baixa também
será a quantidade e a qualidade dos óvulos disponíveis para serem fecundados, e
vice-versa.
É um dos exames que oferece a
estimativa mais aproximada da quantidade de óvulos que uma mulher pode
produzir, já que ainda não é possível saber o número exato. E, diferentemente
de outros tipos de teste, a vantagem é que ele pode ser realizado em qualquer
etapa do ciclo menstrual sem sofrer variações e, inclusive, mesmo com o uso de
anticoncepcionais.
O principal fator determinante
da taxa de gestação (seja natural ou por fertilização) é a idade. Mulheres com
idade mais avançada possuem o AMH mais baixo, o que é esperado, já que há menos
folículos. O que não é normal são mulheres jovens com o AMH baixo. Isso reflete
uma reserva ovariana mais baixa do que deveria para a idade da mulher. No
entanto, não quer dizer que ela não consiga gestar. Adiar a gravidez, nesses
casos, é um risco, já que a “vida útil” do seu ovário está diminuída.
Em ciclos de FIV (fertilização in vitro), o AMH é utilizado como preditivo de como essa paciente irá responder ao estímulo ovariano. Ele prediz a taxa de gestação, caso haja sucesso em conseguir óvulos e formação de embriões, mesmo que poucos. Vale lembrar que, além de um importante marcador da reserva ovariana, o hormônio antimülleriano também auxilia pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), doença que interfere no ciclo normal de ovulação.
Em ciclos de FIV (fertilização in vitro), o AMH é utilizado como preditivo de como essa paciente irá responder ao estímulo ovariano. Ele prediz a taxa de gestação, caso haja sucesso em conseguir óvulos e formação de embriões, mesmo que poucos. Vale lembrar que, além de um importante marcador da reserva ovariana, o hormônio antimülleriano também auxilia pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), doença que interfere no ciclo normal de ovulação.
Dra.
Karina Tafner - Ginecologista e Obstetra; Médica Assistente do ambulatório de
Reprodução Assistida da Santa Casa (FCMSCSP); Especialista em Endocrinologia
Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa; Especialista em Reprodução
Assistida pela FEBRASGO
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