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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Doença renal é mais comum em pessoas com diabetes


Cerca de 44% dos diabéticos desenvolvem a insuficiência renal. O tratamento para a doença renal é feito por sessões de hemodiálise ou transplante do órgão


No Brasil, mais de 12 milhões de pessoas que são portadores da Diabetes, sendo o 5º país no mundo com o maior número de pessoas com a doença, segundo dados do Atlas Mundial de Diabetes (2017) da Internacional Diabetes Federation (IDF). No próximo dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Diabetes, uma data para prevenir e conscientizar a população sobre essa doença que causa muitas mortes no mundo.

Causada pela falta ou a insuficiência de produção de insulina pelo pâncreas, a diabetes é uma doença crônica que pode comprometer outros órgãos, como os rins. A doença renal é 10 vezes mais comum em pessoas com diabetes. Segundo o Atlas de Diabetes, no mundo 44% dos portadores da doença desenvolvem a doença renal crônica.


Ataque aos rins

A diabetes pode trazer danos aos rins, comprometendo a sua capacidade de filtragem. “Os altos níveis de açúcar fazem com que os rins filtrem muito sangue, sobrecarregando os órgãos e levando a perda de proteínas na urina”, explica o nefrologista e presidente da Fundação Pró-Rim, Dr. Marcos Vieira.  

“Com o tempo e o excesso de resíduos no sangue, a sobrecarga faz com que os rins percam a capacidade de filtragem e venham a falhar. Assim, o paciente diabético vai necessitar de sessões de hemodiálise ou de um transplante renal”, complementa.

Em torno de 25 a 30% dos pacientes que fazem hemodiálise no Brasil, e também na Fundação Pró-Rim – referência nacional no tratamento renal -, tiveram a insuficiência crônica dos rins em decorrência da diabetes.


Sinais de complicação nos rins

Os sintomas da doença renal crônica não são específicos e podem ser confundidos com outras doenças. Os sinais mais comuns são inchaço, falta de apetite, enjôos, fraqueza, dores no estômago e perda de sono. “A identificação da doença muitas vezes só acontece quando se encontra em estágio avançado, e os rins já estão em fase crítica de funcionamento”, conta o nefrologista.


Diagnóstico e prevenção

É recomendado que os diabéticos, tanto do Tipo 1 e do Tipo 2, façam a pesquisa de microalbuminúria, a qual vai verificar a quantidade albumina (proteína produzida no fígado) eliminada na urina. Quanto maior a quantidade de albumina é eliminada pelo organismo, mais os rins estão afetados.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Sociedade Brasileira de Diabetes recomendam que toda pessoa com diabetes, entre os 12 a 70 anos de idade, faça a pesquisa pelo menos uma vez por ano.


Prevenção

“O controle da glicose é uma das medidas que o diabético deve gerenciar, evitando assim complicações para outras doenças, como a doença renal crônica, doenças cardiovasculares e a retinopatia diabética”, enfatiza Dr. Marcos Vieira.

Cuidados com a pressão arterial, o uso correto de medicamentos alinhados com a prática de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos, controle de peso e o não consumo de álcool e cigarros, podem reduzir o desenvolvimento de outras doenças.





Pró-Rim


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