Em
meio a tantas promoções, cores e preços nos sites durante a semana da Black
Friday, devemos aumentar nossa atenção para não sermos vítimas da nossa vontade
de consumo. A falsa ideia da vantagem e a sensação do tempo que nos pressiona e
que nos leva a querer aproveitar aquela oportunidade que se esvaziará no
próximo dia podem esconder um golpe que vai desde um embuste de uma compra
desvantajosa, até a uma trama que te leva a ser vítima de uma quadrilha de
estelionatários.
É
natural que nosso foco esteja comprometido quando o assunto é obter vantagem em
meio a uma compra ou quando estamos diante da oportunidade de realizarmos algum
sonho de consumo. Para além das estratégias de marketing que nos faz achar que
estamos recebendo descontos especiais em todas as compras, o problema maior são
as pessoas que têm larga experiência em se aproveitar deste momento de
fragilidade para criar distrações e roubar dinheiro ou dados.
Ou
seja, mais do que ficar de olho no que alguns chamam de ‘Black Fraude’, é
fundamental ficar atento para os golpes que podem custar mais que o preço do
produto. E não são poucos os espaços virtuais duvidosos. Só para se ter uma
lista, o Procon de São Paulo dá conta de mais de 300 sites de compras
denunciados por fraudes. De venda de móveis a produtos para pets, os sites
ainda estão ativos e vitimando muitos desavisados.
Um
primeiro ponto é manter a desconfiança de tudo e de todos tanto on-line quanto
off-line. E-mail marketing, mensagem pelo celular, carta com promoções e links
nas redes sociais são iscas usadas a todo momento para conseguir cliques e
dados. Olhe para o endereço, veja se a página é a mesma que a oficial, confira
se não tem alguma letra trocada.
Não
vá clicando em tudo e nem digitando seus dados em qualquer site ou
questionário. Se tem algo que vale ouro na internet são dados de usuários, e os
seus podem ganhar o mundo a partir da internet e cair em algum golpe de cartão
clonado, conta bancária aberta em alguma cidade do interior do país ou ainda em
alguma conta de telefone que é usada para extorquir pessoas por aí. O mesmo
vale para ligações. Não confirme dados ou outras informações por telefone.
Mantenha
ativos os sistemas de defesa do seu computador, como antivírus e demais
aplicativos de monitoramento. São ferramentas fundamentais para evitar que você
receba ou instale arquivos indesejáveis que vêm junto com as transações. Não
digite dados em computadores que você não conhece, ou ainda em redes abertas.
Nunca se sabe quem está monitorando sua navegação. O mesmo vale para a rede doméstica
sem proteção. Sempre quando for digitar dados bancários ou de compras,
verifique se o site tem segurança e se no rodapé da página aparece um cadeado
ou uma chave. São indícios de que existem protocolos de segurança na página.
No
fim, a atenção em todos os momentos e o registro completo das transações são
importantes. Arquivar conversas on-line, áudios, vídeos e fazer print de telas
são sempre ações que nos ajudam a ter um pouco mais de tranquilidade. O
objetivo é manter-se alerta e entender que devemos navegar na internet com as
mesmas restrições que usamos no mundo off-line.
Se
você não fornece informações para estranhos na rua, deve manter a postura no
meio on-line. A responsabilidade das informações é similar. No mundo conectado,
nem seus dados nem seu dinheiro são de brinquedos ou são virtuais. A
desvalorização brutal e o desespero de quem está perdendo dinheiro com as
Bitcoins estão aí para provar isso. As regras nas compras físicas e on-line são
as mesmas. É preciso entender que não existem diferenças entre golpistas dentro
e fora da rede.
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