Se
precisássemos definir em poucas palavras o que é um maçom, diríamos que deveria
ser uma pessoa em busca de seu aprimoramento moral. Alguém que prima basicamente
pelo bem alheio, que combate a tirania, a opressão, o fanatismo e a
intolerância. Alguém que cuida e defende sua família, sua pátria e a
humanidade. E acima de tudo, crê num ente supremo, o Criador, a quem chamamos
‘Grande Arquiteto do Universo’. No Brasil, no dia 20 de agosto é celebrado o
Dia do Maçom.
Acreditando
no Criador e que Ele nos fez à sua imagem e semelhança, nós também não
deveríamos nos esforçar para nos elevar em Sua direção? A busca pelo
conhecimento, a verdade e a liberdade deveria ser o alvo de todos os maçons. E
dentro desse contexto já tivemos exemplos na maçonaria brasileira, como Joaquim
Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva. Apesar da rixa que havia
entre os dois, ambos lutavam, mesmo que de formas diferentes, pela
independência do Brasil.
Podemos
citar, por exemplo, a fala de Gonçalves Ledo publicada pelo Fluminense em 1828:
"não vivo para sugar o Tesouro como os Andradas fizeram e fazem.
Nunca fui pesado ao meu país e dele jamais recebi pelos meus serviços, pois
sempre o servi abnegadamente, recusando qualquer recompensa material".
O
Dia do Maçom é comemorado em virtude de que, no dia 20 de agosto de 1822,
alguns fatos ocorreram em uma sessão extraordinária entre as Lojas
"Comércio e Artes" e "União e Tranquilidade", na cidade do Rio
de Janeiro. Não trataremos as controvérsias sobre a data, pois diversos debates
já foram encenados sobre o tema, mas o motivo que a levou a ser considerada
como tal. Ledo estava presidindo a sessão (José Bonifácio, presidente de ofício,
não estava presente) e fez um discurso inflamado mostrando a necessidade de se
proclamar a independência do Brasil, pedindo apoio aos maçons presentes, o que
foi aprovado por todos.
A
sessão em si pode não ter influenciado a decisão do imperador no dia 7 de
setembro vindouro, mas o apoio de seus irmãos maçons foi muito importante após
a proclamação. Uma boa parte da elite era republicana, mas o fato de o
imperador ter sido mantido responsável por tal ato contribuiu para que o país
não fosse repartido. Vale lembrar que muitos maçons presentes naquela sessão
tinham influências nas províncias.
Esses
fatos podem ser desconhecidos da população em geral e também dos maçons. Para
suprir essa lacuna, o Centro Universitário Internacional Uninter, por
iniciativa de seu mantenedor, o professor Wilson Picler, criou o curso de
Maçonologia: História e Filosofia, como uma forma de fomentar a cultura
maçônica na sociedade.
Álvaro
Crovador - coordenador do curso Maçonologia: História e Filosofia do Centro
Universitário Internacional Uninter.
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