Um
em cada três brasileiros sofre de insônia; pesquisas apontam que extrato de
erva chinesa pode auxiliar na melhora dos sintomas
Pessoas com insônia não conseguem se livrar de problemas
emocionais. Essa foi a mais recente descoberta sobre as origens da insônia,
feita pelo Instituto Holandês para Neurociência, publicada em uma das mais
importantes revistas de neurociência do mundo, a Brain, no final de
abril.
A insônia é um mal bem conhecido dos brasileiros. A cada
três pessoas, uma tem insônia, de acordo com a Associação Brasileira do Sono. O
estresse, dores crônicas e a ingestão de certos medicamentos também estão
associadas ao problema.
Entretanto, as descobertas dos pesquisadores dão um passo
adiante na avaliação das causas da insônia: a falta de sono pode estar
relacionada aos circuitos cerebrais que regulam as emoções. Os estudos sugerem
que a insônia pode ser causada pela incapacidade de processar o sofrimento
emocional, o que poderia explicar por que a insônia é um dos principais fatores
de risco para o desenvolvimento de transtornos de humor, ansiedade e transtorno
de estresse pós-traumático (TEPT). De acordo com o relatório publicado na Brain,
“sem os benefícios do sono sadio, eventos angustiantes de décadas atrás
continuam a ativar os circuitos emocionais do cérebro como se estivessem
acontecendo agora”.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas fizeram
exames de ressonância magnética das atividades cerebrais dos participantes
enquanto pensavam sobre experiências pessoais que causaram sofrimento há
décadas. As pessoas que dormiram bem foram capazes de "neutralizar"
essas memórias, enquanto as que apresentavam quadros de insônia não tiveram o
mesmo resultado.
Erva chinesa pode melhorar a insônia
Pessoas com insônia têm dificuldade em adormecer,
permanecer dormindo ou acordam mais cedo do que querem. Algumas medidas podem
ajudar a melhorar a qualidade do sono, como evitar o uso do celular antes de
dormir e fazer atividades relaxantes, como ouvir música ou ler um livro.
Entretanto, nem sempre mudanças de hábitos podem aliviar
a insônia. “Para quem deseja tratar esse problema de forma natural, sem o uso
da alopatia, existem suplementos que podem ajudar a melhorar a qualidade do
sono – um deles, que ainda é pouco conhecido pelo público brasileiro, é o Apocynum
venetum L., um arbusto que cresce extensivamente em regiões do noroeste da
China”, diz a nutricionista Claudia Luz. Conhecida pelo nome popular de
“Rafuma”, mais de dez estudos clínicos foram realizados para verificar a
efetividade do composto que pode sem encontrado em farmácias de
manipulação.
Os ensaios clínicos realizados demostraram que indivíduos
com depressão leve e mulheres com Síndrome Pré-Menstrual (TPM) tiveram melhora
significativa dos sintomas, utilizando uma dose de 50mg/dia do ativo. Também
observou-se o alívio da insônia, caracterizada por despertares no meio da noite
ou no início da manhã.
Mudanças efetivas
Um estudo duplo-cego e randomizado realizado com o ativo
também apontou melhorias nos sintomas da depressão leve. Realizado com 39
indivíduos que manifestavam sintomas de depressão leve e ansiedade, o estudo
dividiu o grupo em dois sub-grupos: para o primeiro, com 20 pessoas, foi
ministrado 50mg de Apocynum venetum L., durante oito semanas, duas vezes
ao dia. Ao segundo sub-grupo, de 19 pessoas, foi ministrado um placebo durante
o mesmo período.
Escores globais de depressão e amostras de sangue, para os
níveis de serotonina, para ambos os grupos, foram medidos no início do estudo e
após oito semanas. Os resultados foram avaliados em relação a Escala de
classificação HAM-D de 17 itens, que avalia humor deprimido, sintomas
vegetativos e cognitivos de depressão, bem como sintomas de ansiedade.
Após oito semanas de tratamento, 40% dos participantes do
grupo que tomou o ativo apresentou uma redução maior que 10 pontos nos escores
do HAM-D. Além disso, 50% desses indivíduos mostrou uma diminuição nos escores
HAM-D de 50% ou mais. Cerca de 60% do grupo suplementado adquiriu uma pontuação
HAM-D de 8 ou menor na oitava semana.
Outros sintomas incluindo insônia e ansiedade somática
tiveram uma melhora significativa ao longo das oito semanas de estudo para o
grupo que tomou o suplemento. Por fim, 50% dos indivíduos aumentaram as
concentrações de serotonina, demonstrando evidências bioquímicas no tratamento,
sendo que 35% dos pacientes deste grupo mostraram aumento de pelo menos 20% nos
níveis de serotonina.
Fontes: Via Farma
Grupo Fagron
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