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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Origem da insônia pode estar na incapacidade de processar sofrimento emocional, diz pesquisa


Um em cada três brasileiros sofre de insônia; pesquisas apontam que extrato de erva chinesa pode auxiliar na melhora dos sintomas



Pessoas com insônia não conseguem se livrar de problemas emocionais. Essa foi a mais recente descoberta sobre as origens da insônia, feita pelo Instituto Holandês para Neurociência, publicada em uma das mais importantes revistas de neurociência do mundo, a Brain, no final de abril.

A insônia é um mal bem conhecido dos brasileiros. A cada três pessoas, uma tem insônia, de acordo com a Associação Brasileira do Sono. O estresse, dores crônicas e a ingestão de certos medicamentos também estão associadas ao problema. 

Entretanto, as descobertas dos pesquisadores dão um passo adiante na avaliação das causas da insônia: a falta de sono pode estar relacionada aos circuitos cerebrais que regulam as emoções. Os estudos sugerem que a insônia pode ser causada pela incapacidade de processar o sofrimento emocional, o que poderia explicar por que a insônia é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos de humor, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). De acordo com o relatório publicado na Brain, “sem os benefícios do sono sadio, eventos angustiantes de décadas atrás continuam a ativar os circuitos emocionais do cérebro como se estivessem acontecendo agora”.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas fizeram exames de ressonância magnética das atividades cerebrais dos participantes enquanto pensavam sobre experiências pessoais que causaram sofrimento há décadas. As pessoas que dormiram bem foram capazes de "neutralizar" essas memórias, enquanto as que apresentavam quadros de insônia não tiveram o mesmo resultado.


Erva chinesa pode melhorar a insônia

Pessoas com insônia têm dificuldade em adormecer, permanecer dormindo ou acordam mais cedo do que querem. Algumas medidas podem ajudar a melhorar a qualidade do sono, como evitar o uso do celular antes de dormir e fazer atividades relaxantes, como ouvir música ou ler um livro. 

Entretanto, nem sempre mudanças de hábitos podem aliviar a insônia. “Para quem deseja tratar esse problema de forma natural, sem o uso da alopatia, existem suplementos que podem ajudar a melhorar a qualidade do sono – um deles, que ainda é pouco conhecido pelo público brasileiro, é o Apocynum venetum L., um arbusto que cresce extensivamente em regiões do noroeste da China”, diz a nutricionista Claudia Luz. Conhecida pelo nome popular de “Rafuma”, mais de dez estudos clínicos foram realizados para verificar a efetividade do composto que pode sem encontrado em  farmácias de manipulação.

Os ensaios clínicos realizados demostraram que indivíduos com depressão leve e mulheres com Síndrome Pré-Menstrual (TPM) tiveram melhora significativa dos sintomas, utilizando uma dose de 50mg/dia do ativo. Também observou-se o alívio da insônia, caracterizada por despertares no meio da noite ou no início da manhã.


Mudanças efetivas

Um estudo duplo-cego e randomizado realizado com o ativo também apontou melhorias nos sintomas da depressão leve. Realizado com 39 indivíduos que manifestavam sintomas de depressão leve e ansiedade, o estudo dividiu o grupo em dois sub-grupos: para o primeiro, com 20 pessoas, foi ministrado 50mg de Apocynum venetum L., durante oito semanas, duas vezes ao dia. Ao segundo sub-grupo, de 19 pessoas, foi ministrado um placebo durante o mesmo período.

Escores globais de depressão e amostras de sangue, para os níveis de serotonina, para ambos os grupos, foram medidos no início do estudo e após oito semanas. Os resultados foram avaliados em relação a Escala de classificação HAM-D de 17 itens, que avalia humor deprimido, sintomas vegetativos e cognitivos de depressão, bem como sintomas de ansiedade.

Após oito semanas de tratamento, 40% dos participantes do grupo que tomou o ativo apresentou uma redução maior que 10 pontos nos escores do HAM-D. Além disso, 50% desses indivíduos mostrou uma diminuição nos escores HAM-D de 50% ou mais. Cerca de 60% do grupo suplementado adquiriu uma pontuação HAM-D de 8 ou menor na oitava semana.

Outros sintomas incluindo insônia e ansiedade somática tiveram uma melhora significativa ao longo das oito semanas de estudo para o grupo que tomou o suplemento. Por fim, 50% dos indivíduos aumentaram as concentrações de serotonina, demonstrando evidências bioquímicas no tratamento, sendo que 35% dos pacientes deste grupo mostraram aumento de pelo menos 20% nos níveis de serotonina.





Fontes: Via Farma
Grupo Fagron

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