Condição que atinge grande parte da população
pode produzir efeitos na pele
Um
dos órgãos que mais sofrem com as manifestações do estresse, é a pele. Seja por
meio da acne, excesso de oleosidade ou até mesmo através de alergias e
infecções mais sérias, as emoções afloradas afetam diretamente a nossa cútis.
Considerado por muitos como um dos grandes males do século, o problema já
atinge 90% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, 70% dos habitantes padecem com a exaustão, sendo que 30% apresentam
níveis elevados de esgotamento físico e emocional.
Os
problemas de pele que podem ser predispostos por estresse são a acne, herpes,
dermatites, psoríase, vitiligo e dentre outros. Para a dermatologista e membro
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD), Ana Rosa Magaldi, estar estressado pode
intensificar o quadro inflamatório do corpo, promover a sensibilidade e
aumentar a produção das glândulas sebáceas, o que torna o maior órgão do corpo
humano suscetível ao aparecimento de patologias.
“Quando
o estresse se torna crônico e frequente, ele prejudica o funcionamento do
organismo e pode afetar a vida do indivíduo de várias maneiras. Uma delas é por
meio da manifestação de problemas de pele, que podem prejudicar até mesmo o
convívio social”, aponta Ana Rosa. Ela conta que a produção intensificada das
glândulas sebáceas deixa a pele mais oleosa e os poros obstruídos, o que pode
levar a eclosão da acne. O mesmo acontece com a herpes, que é causada por um
vírus do próprio organismo e pode despontar em condições estressantes ou de
ansiedade.
As
dermatites atópica e seborreica, assim como a psoríase, também podem surgir em
decorrência do estresse, cansaço e nervosismo. “As três, cada uma com as suas
particularidades, são consideradas inflamações de pele, que causam coceira,
vermelhidão e descamação. Apesar de também possuírem outras causas, o trio pode
se desenvolver ou agravar devido a episódios de abalo psicológico”, esclarece a
dermatologista.
Nestes
casos, a grande preocupação é com as infecções. “Caso o paciente coce ou
esfregue o local da lesão, é possível que a mesma fique contaminada. Isso
acontece porque a ferida exposta pode entrar em contato com as bactérias presentes
nas unhas”, alerta a médica. Ela aconselha que a procura por um médico
dermatologista seja feita o quanto antes, para que seja traçado o
tratamento.
Outro
problema de pele recorrente de estafa é o vitiligo. Dizem, inclusive, que Maria
Antonieta, rainha da França, acordou com várias manchas brancas pelo corpo no
dia em que seria guilhotinada em praça pública. Sobre a doença, já se sabe que
ela é autoimune, não contagiosa e pode ser provocada pelo ataque do sistema
imune aos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina. Seu
aparecimento tem muito a ver com a genética, mas, de fato, o emocional
influencia muito.
Em
todos os casos é indicado que o foco da tensão também seja tratado. “É preciso
atuar no agente causador em conjunto com o tratamento das lesões, pois somente
dessa maneira será possível resolver os problemas que surgirem na pele”, fala
Ana Rosa. Ademais, a terapêutica varia de acordo com cada caso e distúrbio de
pele.
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