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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Genérico ou similar, especialista explica a diferença entre os medicamentos


População ainda fica confusa com os produtos e presidente da ABCFARMA explica distinção


Na década de 1960, nos EUA, surgiu a proposta dos medicamentos genéricos, iniciativa que começou a ser discutida no Brasil em 1970 e só passou a vigorar de fato em 1999. De lá para cá, eles se tornaram populares entre os consumidores, mas ainda geram dúvidas, principalmente quando comparados aos medicamentos similares.

“O produto genérico tem a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação do medicamento de referência – ou de marca --, mas é comercializado a um preço menor e, consequentemente, mais atrativo para a maioria da população”, explica Felicio Rosa Neto, presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA).

Os genéricos são identificados por uma tarja amarela na embalagem, com a letra G impressa e os dizeres “Medicamento Genérico” e o nome da substância ativa. “Eles podem substituir o medicamento de referência sem pesar tanto no bolso”, diz Rosa Neto.

Já os medicamentos similares são aqueles que têm o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do produto de marca, mas com diferença em características como embalagem, tamanho e forma do produto, prazo de validade, excipiente e veículos, rotulagem etc. Esse tipo de produto deve ser identificado por nome comercial ou marca e não deve ser substituído pelo medicamento de referência sem o conhecimento do médico.

“A Anvisa fiscaliza com rigor a fabricação e a comercialização desses medicamentos e possui, inclusive, uma lista de bioequivalência entre os produtos para saber se podem ser intercambiáveis ou não. Também é nosso papel, dentro das farmácias, orientar o consumidor sobre as distinções entre os genéricos e os similares para que possam tomar a melhor decisão de qual produto adquirir”, conclui Rosa Neto.

Abaixo alguns MITOS E VERDADES esclarecidos pelo Presidente da ABCFARMA:


1.   Medicamentos genéricos são mais baratos por não terem qualidade

Mito! Associar valores mais em conta com a qualidade inferior é uma forma errônea de enxergar os medicamentos. Os genéricos possuem os mesmos princípios ativos de uma marca conhecida e são esses os responsáveis pelo alívio dos sintomas que motivaram a prescrição. Eles saem mais baratos porque não são inseridos valores com propagandas e nem custos de pesquisas sobre o princípio ativo.


2. Medicamento genérico substitui o de marca

Verdade! Genéricos possuem o mesmo princípio ativo, são administrados pela mesma via e têm a dose farmacêutica igual. Os efeitos são comprovados pela ANVISA antes de chegarem às farmácias. Pessoas com doenças crônicas torcem o nariz para esse tipo de medicamento, mas saiba que eles são eficientes e não agravam os problemas.


3. É difícil identificar o remédio genérico

Mito! Os genéricos possuem identificação externa nas embalagens. Obrigatoriamente têm a sigla MG (Medicamento Genérico) ou apresentam um destaque no rótulo.


4. A receita é indispensável para comprar medicamentos genéricos

Verdade! O controle rigoroso para a compra de determinados remédios é o mesmo para os medicamentos genéricos. Vale destacar que as medicações que podem ser comercializadas sem receitas também têm a venda dos seus similares sem prescrição médica.


5. Os processos de vigilância e inspeção são os mesmos

Verdade! Os genéricos passam até por mais testes da ANVISA, com o intuito de realmente comprovar a sua eficiência. As avaliações são feitas da mesma maneira, mas a autorização para um genérico entrar no mercado é ainda mais rígida, pois há uma preocupação maior com a qualidade do produto.


6. É perigoso fazer automedicação de genérico

Verdade! Assim como qualquer outro medicamento, os genéricos precisam ser receitados por um profissional da saúde. Estima-se que mais de 20 mil vítimas da automedicação morrem por ano no Brasil. Dores de cabeça, cólicas, febres, inflamações, gripes e viroses são os sintomas mais comuns da automedicação. Portanto, fique atento e lembre-se de que a ingestão de qualquer remédio em excesso pode ser fatal.


7. Todo medicamento referência já tem seu genérico

Mito! Grande parte dos remédios de marca possuem patente. Normalmente, esse título dura 20 anos, ou seja, não é possível produzir medicamentos genéricos — com o mesmo princípio ativo — de determinados fabricantes dentro desse período. Os produtos mais recentes disponíveis no mercado não possuem similares. Você pode perguntar ao seu médico se há algum remédio parecido, que possa ser substituído pelo genérico. Na maioria dos casos, a prescrição do medicamento segue a mesma dosagem e forma de uso. Mas é bom alertar que alguns profissionais optam por não indicar esse tipo de fármaco. Os medicamentos genéricos possuem a mesma eficiência e controle de qualidade que os de marcas que são referências. Sob nenhuma hipótese troque a sua medicação por conta própria! Converse com o seu médico e cheguem a um consenso.



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