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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Fissura Labiopalatina: entenda a importância da amamentação nesses casos


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo destaca os benefícios e cuidados a serem tomados durante o aleitamento  


A amamentação deve receber atenção redobrada em casos de crianças que nascem com fissura labiopalatina, popularmente conhecida como lábio leporino. O leite materno é uma ótima fonte de nutrientes que ajudam a reforçar o sistema imunológico do bebê, protegendo-o de doenças infecciosas e alérgicas, fortalecendo os ossos e beneficiando o seu crescimento e a sua reabilitação. Segundo afirmação da cirurgiã-dentista e membro da Câmara Técnica de Prótese Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Márcia André, “uma criança nessa condição pode ter o desenvolvimento comprometido, principalmente se não acompanhada por uma equipe especializada’.


Fissura labiopalatina

A fissura labiopalatina ocorre na associação da fissura labial e da fissura palatina. A fissura labial consiste na divisão do lábio superior em duas partes, causada pela fusão inadequada dos processos maxilares da face quando o bebê ainda está em formação. A fissura palatina pode ser descrita como uma abertura direta entre a cavidade bucal e a nasal. “A pessoa com fissura labiopalatina deve ser acompanhada por uma equipe especializada e multiprofissional ao longo do seu crescimento e do desenvolvimento craniofacial, pois somente dessa forma ela terá uma reabilitação adequada, com perspectivas de melhor qualidade de vida”, acrescenta a cirurgiã-dentista, Márcia André.


O aleitamento

A sucção, ação realizada pelo bebê no momento da amamentação, é um dos principais fatores que ajudam no desenvolvimento da arcada dentária, no posicionamento correto da mandíbula, no padrão adequado da respiração nasal e na postura correta da língua. A fissura de lábio e/ou palato torna a sucção do leite difícil para a criança e por isso, deve receber uma maior atenção. De acordo com Márcia André, “a sucção é comprometida pela comunicação das cavidades nasal e bucal, o que dificulta ou impossibilita a pressão negativa intraoral necessária para a extração do leite e também pela incapacidade ou dificuldade de apreensão do mamilo materno devido à descontinuidade do lábio superior”. Sendo assim, a sucção se torna insuficiente, podendo causar danos no desenvolvimento do bebê fissurado, dificultando o ganho de peso e podendo alterar a estatura da criança.


Acompanhamento do(a) odontopediatra e cuidados

O tratamento odontológico deve ser iniciado logo após o  nascimento, pois o(a) cirurgião dentista é fundamental na orientação aos pais, quanto aos procedimentos a serem seguidos e as fases e tratamentos necessários para a reabilitação. Os cuidados em casa também são de extrema importância. A higiene oral deve ser introduzida logo que o bebê deixa a maternidade, com o auxílio de gaze umedecida em água filtrada, fervida e fria. Esse procedimento evita futuros problemas de saúde pois a concentração de resíduos do leite nas regiões retentivas da fissura, pode promover o acúmulo de bactérias e até causar estomatite severa. A escovação deve ser iniciada com a erupção dos primeiros dentes, sempre seguindo as orientações do(a) odontopediatra. Além do método de escovação, o profissional também indica os produtos mais adequados como escovas e cremes dentais.  





Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
www.crosp.org.br    

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