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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

20% dos prédios de SP ‘estouram’ orçamento no segundo semestre

Segundo a administradora Lello, é preciso que o síndico faça um planejamento minucioso para evitar gastos extras e aumento do valor do condomínio nos últimos seis meses do ano
           

Dois em cada dez prédios na cidade de São Paulo, em média, “estouram” o orçamento no segundo semestre do ano, arrecadando menos do que gastam. 

A informação é da Lello, maior administradora de condomínios do país, com presença na capital paulista, ABC, interior e litoral do Estado, responsável pelo gerenciamento de aproximadamente 3 mil condomínios. 

Segundo a empresa, nos seis últimos meses do ano, especialmente no último trimestre, há uma tendência de alta nas despesas dos condomínios em razão do dissídio dos funcionários – geralmente acima da inflação -, férias, décimo-terceiro e aumento no valor da conta de água com a chegada do calor.

Para Angelica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios, é preciso que o síndico faça um planejamento minucioso para evitar gastos extras e aumento no valor do condomínio no segundo semestre. 

“A maioria dos condomínios que se planejam financeiramente já têm dinheiro em caixa para as despesas que crescem no final do ano. A dica é não confundir esta reserva com gordura financeira, para não gastá-la com itens supérfluos”, alerta. 

Outra dica importante, segundo Angelica, é compartilhar com os moradores os planos de gestão do condomínio, para esclarecer que o dinheiro no caixa não se trata de uma sobra. 

“Por vezes os condôminos acham que, por haver recursos disponíveis, é possível fazer benfeitorias no prédio – como pintura de algumas áreas, por exemplo -, quando, na verdade, trata-se de reserva financeira para férias e décimo-terceiro dos funcionários. Isso deve ficar bem claro, até para evitar que a gestão do síndico seja mal compreendida ou mal avaliada”, diz a gerente da Lello.

Em relação ao dissídio dos funcionários e o décimo terceiro, a dica é provisionar um rateio dos valores, em 12 cotas ao longo do ano, evitando que nos últimos meses do ano haja aumento brusco no valor da cota do condomínio paga pelos moradores. 

Segundo ela, outra dica para o planejamento de despesas é verificar o índice histórico de inadimplência do condomínio e projetar esse déficit no orçamento, evitando, desta forma, maiores problemas com o fluxo de caixa do prédio.

É importante, ainda, que o síndico verifique as datas de renovação dos contratos de manutenção e conservação, como de elevadores e bombas, por exemplo, para também projetar o índice de reajuste no orçamento do condomínio para o exercício seguinte.


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