Dois
em cada dez prédios na cidade de São Paulo, em média, “estouram” o orçamento no
segundo semestre do ano, arrecadando menos do que gastam.
A
informação é da Lello, maior administradora de condomínios do país, com
presença na capital paulista, ABC, interior e litoral do Estado, responsável
pelo gerenciamento de aproximadamente 3 mil condomínios.
Segundo
a empresa, nos seis últimos meses do ano, especialmente no último trimestre, há
uma tendência de alta nas despesas dos condomínios em razão do dissídio dos
funcionários – geralmente acima da inflação -, férias, décimo-terceiro e
aumento no valor da conta de água com a chegada do calor.
Para
Angelica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios, é
preciso que o síndico faça um planejamento minucioso para evitar gastos extras
e aumento no valor do condomínio no segundo semestre.
“A
maioria dos condomínios que se planejam financeiramente já têm dinheiro em
caixa para as despesas que crescem no final do ano. A dica é não confundir esta
reserva com gordura financeira, para não gastá-la com itens supérfluos”,
alerta.
Outra
dica importante, segundo Angelica, é compartilhar com os moradores os planos de
gestão do condomínio, para esclarecer que o dinheiro no caixa não se trata de
uma sobra.
“Por
vezes os condôminos acham que, por haver recursos disponíveis, é possível fazer
benfeitorias no prédio – como pintura de algumas áreas, por exemplo -, quando,
na verdade, trata-se de reserva financeira para férias e décimo-terceiro dos
funcionários. Isso deve ficar bem claro, até para evitar que a gestão do
síndico seja mal compreendida ou mal avaliada”, diz a gerente da Lello.
Em
relação ao dissídio dos funcionários e o décimo terceiro, a dica é provisionar
um rateio dos valores, em 12 cotas ao longo do ano, evitando que nos últimos
meses do ano haja aumento brusco no valor da cota do condomínio paga pelos
moradores.
Segundo
ela, outra dica para o planejamento de despesas é verificar o índice
histórico de inadimplência do condomínio e projetar esse déficit no orçamento,
evitando, desta forma, maiores problemas com o fluxo de caixa do prédio.
É
importante, ainda, que o síndico verifique as datas de renovação dos
contratos de manutenção e conservação, como de elevadores e bombas, por
exemplo, para também projetar o índice de reajuste no orçamento do condomínio
para o exercício seguinte.
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