Envolvimento
escolar, criatividade e trabalho em equipe são algumas das habilidades
estimuladas dentro da disciplina
O profissional que
prosperará no futuro do trabalho é aquele que sabe gerir conflitos, resolver
problemas, usar comunicação não-violenta e trabalhar em grupo. Cada vez mais as
escolas estão procurando se adaptar a essa nova realidade do mercado que não
exige de seus ingressantes apenas conhecimento técnico como também a capacidade
de propor soluções inovadoras.
Um dos caminhos adotados
pelas instituições de ensino para estimular a formação de seus alunos em
profissionais mais completos é a implantação de aulas de empreendedorismo. A
disciplina, inclusive, é um dos eixos de referência para a estruturação dos
itinerários formativos do Novo Ensino Médio - modelo que deverá ser
implementado nas escolas públicas e privadas do país até 2021.
Lá fora, aulas voltadas
para o empreendedorismo e gestão de projetos já são realizadas. Entre os anos
de 2015 e 2018, por exemplo, o projeto Youth
Start – Entrepreneurial Challenges aplicou a disciplina para mais
de 10 mil alunos de Portugal, Áustria, Eslovênia e Luxemburgo. O resultado
demonstrou um aumento na habilidade de planejamento, criatividade, de trabalho
em grupo, entre outras.
No Brasil, a editora
educacional Mind Makers oferece a disciplina Empreendedorismo Criativo para
cerca de 2 mil alunos e essas competências têm sido desenvolvidas e estimuladas
em sala de aula:
“A
criatividade é uma habilidade e pode ser desenvolvida por toda e qualquer
pessoa. Não é um dom, uma coisa que vem por lampejo. Criatividade tem técnica,
processo e ferramentas. Com o bom uso delas, todos podem construir ideias
disruptivas e inovadoras. ”, explica Dudu Obregon, autor da disciplina
Empreendedorismo Criativo, da Mind Makers. Em sala de aula, a criatividade é
desenvolvida pelos estudantes que entram em contato com alguns processos
criativos e acabam aprendendo a operar, replicar e facilitar esses
métodos.
“O
desenvolvimento da disciplina é baseado em projetos. E para melhor execução, os
estudantes fazem um raio-x de tudo que vai ser realizado, etapa por etapa.
Depois disso, as etapas são quebradas em microetapas, que podem ser realizadas
em poucos minutos. Dessa forma, é possível destrinchar atividades maiores em
atividades menores e isso começa a dar noção de planejamento, prazo e entrega”,
comenta Obregon.
Em
seus projetos, os alunos são estimulados a resolver problemas do seu entorno,
seja da escola, da família ou da cidade. Segundo Dudu, “muitos escolhem
problemas da escola e acabam trazendo soluções inovadoras e criativas,
resolvendo problemas da escola. Além disso, vários dos projetos acabam
transcendendo a sala de aula e impactando outras turmas, envolvendo outros
estudantes, professores, coordenação e até os responsáveis. E assim, toda a
comunidade escolar se envolve no cuidado”.
O
trabalho em equipe é uma das principais atividades desenvolvidas nas aulas de
Empreendedorismo Criativo porque estimulam a colaboração, a empatia e o
feedback. Habilidades fundamentais para qualquer profissional. “A vida e a
carreira profissional acontecem em grupo, poucas coisas são no individual, por
isso, os estudantes têm muitas sessões de feedback, analisando desempenho,
sucessos e falhas de cada etapa. Assim eles aprendem a entender quais são suas
potências e calibram responsabilidades e papéis de cada um no time”, diz
Obregon.
“Algumas
partes dos projetos executados pelos alunos necessitam de investimento, por
isso, eles precisam levantar quais são esses investimentos, quais os custos e
buscar fornecedores. Os estudantes criam uma consciência financeira porque
aprendem a dar contrapartidas, fazer relatórios, ter transparência em relação
aos custos, gastos e investimentos que vão ser feitos”, finaliza Obregon.
Mind Makers
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