De agosto a dezembro, Ministério da Saúde
realiza a segunda edição da Pesquisa Nacional de Saúde. Os entrevistadores do
IBGE vão visitar mais de 108 mil residências em todo o país
Crédito: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias |
Conhecer a realidade da saúde de um país é o
primeiro passo para entender as necessidades de sua população e, dessa forma,
possibilitar a elaboração de ações e programas em prol de mais saúde e
qualidade de vida. Assim, para subsidiar o Ministério da Saúde com informações
que possibilitem a formulação e/ou o aperfeiçoamento de políticas públicas
eficientes, mais de 108 mil brasileiros receberão, a partir de agosto deste
ano, a visita de pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), que terão a missão de levantar dados sobre as condições de
vida e de saúde da população.
Realizada a cada cinco anos pelo Ministério da
Saúde em parceria com o IBGE, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) contará com
cerca de 1,2 mil entrevistadores, que vão visitar mais de 108 mil residências
em 3,2 mil municípios brasileiros de todos os estados e regiões do país, de
áreas urbanas e rurais, de capitais, regiões metropolitanas e demais
municípios. Eles estarão uniformizados com colete e crachá de identificação do
IBGE.
Pela relevância da pesquisa para o país, o
Ministério da Saúde solicita que as pessoas atendam e colaborem com os
entrevistadores, desde que eles estejam devidamente identificados. “A
participação dos residentes selecionados é fundamental para que os resultados
retratem a realidade da saúde brasileira”, afirma o secretário da Vigilância em
Saúde, Wanderson Oliveira. Ele explica ainda que, neste ano, a PNS vai refletir
aspectos elencados na Política Nacional de Vigilância em Saúde e que a
sociedade estabeleceu a diretriz de ações integradas de atenção e vigilância.
“Deste modo, as questões buscam refletir essas diretrizes“, finaliza.
Os dados da PNS serão utilizados, por exemplo, para
elaborar e/ou aperfeiçoar ações e políticas na área de Atenção à Saúde, como o
Programa Nacional de Controle do Tabagismo, a Estratégia de Saúde da Família e
o programa Farmácia Popular do Brasil. A pesquisa será feita por amostragem com
os moradores das residências sorteadas.
Aos entrevistados, serão feitas perguntas sobre as
características do domicílio, questões sobre educação e rendimento, além da
situação de saúde dos residentes, como estilos de vida, doenças crônicas
não transmissíveis, saúde da mulher, do homem, da criança, do idoso, da pessoa
com deficiência, entre outros.
A primeira edição da PNS aconteceu em 2013. Para
esta segunda edição, os entrevistadores vão coletar os dados entre agosto e
dezembro deste ano.
ETAPAS DA ENTREVISTA
Na entrevista, os pesquisadores do IBGE vão utilizar um smartphone, dispositivo móvel no qual os dados informados pelos moradores serão inseridos. Para realizar as perguntas, eles deverão seguir uma conduta de abordagem definida pelo Ministério da Saúde e pelo IBGE, como polidez no tratamento com os entrevistados, seguir o roteiro do questionário e deixar mensagem caso os moradores não sejam encontrados.
Definida nas três etapas a seguir, a entrevista
levará, em média, 30 minutos para ser concluída (mas pode variar de acordo com
o perfil do entrevistado):
- Sobre o domicílio: um morador informará sobre as características do domicílio (como bens e presença de animais domésticos) e seu entorno (rede de esgoto, coleta de lixo, etc).
- Sobre os moradores: um morador responderá pelos demais sobre educação e rendimentos, saúde da criança, do idoso, da pessoa com deficiência, uso de serviços de saúde, entre outros.
- Sobre o morador selecionado: um morador com 15 anos ou mais de idade será sorteado dentre os demais residentes. Ele vai responder sobre estilos de vida (prática de atividade física, consumo alimentar, hábito de fumar, consumo de álcool), doenças crônicas não transmissíveis, saúde da mulher ou homem, doenças transmissíveis, acidentes e violências, etc. Além disso, haverá coletas de medidas físicas (peso e altura) em uma sub amostra (aproximadamente 8 mil indivíduos) do morador selecionado.
Jéssica Cerilo
Agência Saúde
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