No Dia Internacional
do Autocuidado, 24/7, vale a pena desmistificar e acabar de uma vez por todas
com as confusões e com os mal-entendidos sobre a automedicação – um importante
pilar do autocuidado.
São recorrentes as dúvidas a respeito do uso
correto dos MIPs, como são chamados no Brasil os medicamentos isentos de
prescrição, aqueles que não precisam de receita para serem comprados.
Esses medicamentos cumprem o papel de serem grandes aliados no tratamento de males e doenças menores, como dores de cabeça, resfriados e má digestão, além de exercerem um papel social e econômico importante, ao desafogarem o sistema de saúde. Com seu uso, os recursos públicos poupados no tratamento de doenças menores podem ser dirigidos para doenças mais graves, que têm grande impacto sobre a população e a saúde pública.
Ainda assim, esses medicamentos são, muitas vezes e erroneamente, relacionados ao uso indiscriminado e à autoprescrição. Por esse motivo, a ABIMIP – Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição – vem fazendo um trabalho de educação e esclarecimento do consumidor a respeito do uso correto e consciente desses medicamentos. Para ajudar a solucionar equívocos, a associação esclarece alguns fatos e fakes sobre o uso dos MIPs. Confira!
Esses medicamentos cumprem o papel de serem grandes aliados no tratamento de males e doenças menores, como dores de cabeça, resfriados e má digestão, além de exercerem um papel social e econômico importante, ao desafogarem o sistema de saúde. Com seu uso, os recursos públicos poupados no tratamento de doenças menores podem ser dirigidos para doenças mais graves, que têm grande impacto sobre a população e a saúde pública.
Ainda assim, esses medicamentos são, muitas vezes e erroneamente, relacionados ao uso indiscriminado e à autoprescrição. Por esse motivo, a ABIMIP – Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição – vem fazendo um trabalho de educação e esclarecimento do consumidor a respeito do uso correto e consciente desses medicamentos. Para ajudar a solucionar equívocos, a associação esclarece alguns fatos e fakes sobre o uso dos MIPs. Confira!
- Consumir medicamentos sem prescrição é automedicação e é perigoso. FAKE
O termo automedicação é utilizado no Brasil de uma forma diferente do resto do mundo. Aqui o termo é confundido com a autoprescrição, que é a prática (incorreta) de comprar e utilizar remédios tarjados sem a receita/prescrição de um médico. Por isso, definimos a utilização responsável dos MIPs como sendo uma prática de autocuidado, que está alinhada com a classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
- O uso consciente de MIPs é parte importante do conceito de autocuidado. FATO
O conceito de autocuidado é amplo e envolve
questões fundamentais como higiene (geral e pessoal), nutrição (variedade e
qualidade dos alimentos ingeridos), estilo de vida (atividades esportivas,
lazer etc.), fatores ambientais (condições de moradia, hábitos sociais etc.) e
socioeconômicos (nível de renda, crenças culturais etc.), além do uso
responsável dos medicamentos isentos de prescrição médica.
- Por serem isentos de prescrição, os MIPs devem ser usados sem orientação. FAKE
Para que o autocuidado seja pleno e o consumo de
medicamentos sem prescrição, consciente e seguro, é importante que o consumidor
esteja bem informado para que exerça plenamente seu direito de decisão. Os MIPs
podem ser usados sem orientação nos casos em que o consumidor já fez uso
anterior de um determinado MIP e já teve acesso às informações básicas do
produto, mas, se ele tiver qualquer tipo de dúvida, o farmacêutico é o
profissional mais indicado para orientar o consumidor quanto aos benefícios e
efeitos adversos dos MIPs, nas farmácias e drogarias. Ele tem o papel de
informar quanto à forma de administração (posologia), duração do tratamento,
modo de ação do medicamento e possíveis reações adversas, contraindicações e
interações com outros medicamentos e/ou alimentos. Também cabe ao farmacêutico
orientar o consumidor a recorrer ao médico, caso os sintomas persistam.
- Todos os medicamentos deveriam ser tarjados. FAKE
Entre os benefícios que os MIPs oferecem aos
consumidores, está o conforto, já que não há necessidade de o usuário ir a um
serviço de saúde para tratar-se de um sintoma conhecido, evitando que ele falte
a compromissos importantes. A população que tem seus sintomas menores tradados
por MIP apresenta aumento de performance (por exemplo, redução em ausência de
trabalho/escola). O uso consciente desses medicamentos também age sobre a
qualidade de vida e sobre o direito assegurado ao usuário de atuar sobre a
própria saúde. Além desses benefícios para a população, o uso dos MIPs diminui
substancialmente os custos e demandas para o sistema de saúde. R$ 400 milhões é
o potencial de economia pelo sistema de saúde brasileiro com o uso de MIPs.
Para cada R$ 1 gasto são economizados até R$ 7 para a sociedade[1].
- O fato de os MIPs serem vendidos sem receita não aumenta o consumo desses medicamentos pela população. FATO
Medicamentos, de maneira geral, são exemplos de
bens inelásticos, ou seja, a relação entre oferta e consumo quase não se altera
diante de mudanças de preço e volume de oferta. Quando um bem é inelástico,
mesmo que se aumentem as quantidades ofertadas e se reduzam os preços, a
resposta na demanda mantém-se praticamente inalterada. Dados do Sinitox
(Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas) mostram que os
principais medicamentos causadores de intoxicações não são os MIPs e sim, em
ordem de importância: antidepressivos, anticonvulsivos, anticoncepcionais,
neurolépticos e ansiolíticos (todos com tarja). A causa dessas intoxicações não
é a ingestão de medicamento sem prescrição e, portanto, não está ligada à venda
livre ou à propaganda.
ABIMIP
[1] RODRIGUES, AC. Utilização de
medicamentos isentos de prescrição e economias geradas para os sistemas de
saúde: uma revisão. J Bras Econ Saúde 2017;9(1): 128-36. Disponível em <http://www.jbes.com.br/images/v9n1/128.pdf>. Acesso em 14/05/2019.
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