Cadeados,
correntes e cercas não são um problema para invasores
Em 2019, apenas no estado de São Paulo, mais de 340 mil furtos e
roubos foram registrados entre os meses de janeiro e abril. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública. Em relação ao
mesmo período de 2018, os furtos cresceram mais de 2%.
Segundo a central de controle da ADT, maior empresa de
monitoramento de alarme do mundo, os horários mais comuns de invasões a
residências e estabelecimentos são em até duas horas após os moradores ou
funcionários deixarem o local. Em feriados prolongados e períodos de férias
escolares, essas ocorrências tendem a aumentar 15%.
Para Robert Wagner dos Santos, especialista em segurança da
empresa, devido a hábitos e medidas ineficazes de segurança, apenas 12% das
vítimas conseguem ajuda após uma abordagem. “Muitas pessoas não sabem, mas obstáculos
como cadeados, correntes e cercas não são um problema para invasores”, explica.
“Os bandidos têm métodos para inibir o efeito de grande parte dessas medidas”,
completa.
Pensando nisso, a ADT listou as principais falhas dos métodos de
segurança mais comuns entre moradores e comerciantes.
1. Fechaduras:
os invasores conseguem quebrar fechaduras com uma ferramenta
e abafar o barulho com uma camiseta, por exemplo. O mesmo acontece em portões e
janelas. Segundo a ADT, um bandido demora apenas dez segundos para invadir um
imóvel por uma porta comum ou por uma janela com veneziana. O acesso mais usado
para invasões são as portas;
2. Cadeados
e correntes: os invasores também quebram cadeados e
correntes com ferramentas. Segundo a ADT, eles demoram apenas dez segundos
para cortar uma corrente presa a algum portão;
3. Cercas:
os bandidos podem atravessar por uma cerca elétrica, de caco
de vidro ou de arame. Além disso, em muitos casos, os invasores ignoram as
cercas e entram pelo próprio portão;
4. Câmeras:
as câmeras não evitam uma invasão, apenas registram a ocorrência e não impedem
prejuízos;
5. Cachorros:
os bandidos utilizam vários métodos para lidar com um
cachorro vigia. O invasor pode subir no muro, abrir o portão e deixar o
cachorro fugir, ou até mesmo ganhar a confiança do animal com comidas e
petiscos. O animal também corre o risco de ser envenenado;
6. Grades:
se as janelas do local possuem grades, o bandido opta por entrar pelas portas.
Mas alguns invasores podem utilizar ferramentas, como o macaco de um veículo,
para retirar as grades com ferramentas;
7. Vigias
de rua: o custo é alto e o vigia não fica 24h em um mesmo local.
Além disso, os bandidos podem abordar o vigia ou elaborar as estratégias de
invasão de acordo com os sinais do segurança - como os apitos de aviso;
8. Vizinhos:
os vizinhos podem se tornar aliados, mas também não estão disponíveis o tempo
todo;
De acordo com Santos, a solução de segurança mais indicada para
residências e comércios é o alarme monitorado, que reduz invasões em até 94%. O
recurso consiste na instalação de sensores em acessos e ambientes vulneráveis.
“Se houver uma invasão, o painel de alarme envia um sinal de alerta para a
central de monitoramento, que fica disponível 24h”, explica. “Em seguida,
entra-se em contato com os responsáveis e, se necessário, com as autoridades”,
destaca.
Além disso, um eventual prejuízo em um local com alarme monitorado
é 90% menor do que lugares que não têm a ferramenta. Para o especialista, a
solução é a forma mais rápida e confiável de descobrir que um local foi
invadido ou que alguém precisa de ajuda. “Isso permite tomar providências
rapidamente, evitando prejuízos e protegendo as pessoas”, finaliza
Santos.
ADT
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