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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Diagnosticada pelo teste do pezinho, especialistas alertam para a conscientização da anemia falciforme


ONU instituiu a data 19 de junho para informar sobre a doença e promover discussões sobre sintomas e tratamentos


Com o intuito de informar e conscientizar a população, a data 19 de junho foi instituída pela ONU como Dia Mundial da Anemia Falciforme, doença hereditária caracterizada por uma alteração genética nos glóbulos vermelhos devido à presença de um tipo de hemoglobina mutante (hemoglobina S ou Hb S). Essa modificação faz com que as células percam sua forma arredondada e adquiram o aspecto de uma foice, se rompendo facilmente e causando, assim, anemia.

De acordo com o Ministério da Saúde, existem entre 50.000 e 100.000 pacientes brasileiros diagnosticados pela doença e cerca de 3.500 novos casos por ano. A condição é mais comum em indivíduos negros, porém, por conta da grande miscigenação no Brasil, a anemia falciforme está presente em pessoas de outras etnias, sendo uma das mais prevalentes dentre as doenças hereditárias no país - sua maior incidência ocorre no Nordeste, região com grande quantidade de indivíduos afrodescendentes.

Especialistas explicam que esse tipo de anemia é uma doença crônica, pois na maioria dos casos não tem cura. Os sintomas incluem crises de dor nos ossos e articulações, palidez, icterícia, infecções, úlcera nas pernas, fadiga intensa, cálculos biliares e problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais. "O paciente deve ter acompanhamento médico adequado ao longo de toda a sua vida por uma equipe de profissionais especializados no tratamento da anemia falciforme para orientar a família a descobrir rapidamente os sinais de gravidade e como prevenir e tratar as crises. Assim, é possível controlar os sintomas e ter qualidade de vida", afirma Dr. Rodolfo Cançado, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Diversas mudanças ocorrem no dia a dia do paciente portador da doença, pois se depara com limitações cotidianas que o forçam a se adaptar a um novo estilo de vida devido ao uso de medicamentos, às internações hospitalares e à perda da capacidade de trabalho. Além disso, os cuidados são frequentes por conta das manifestações dos sintomas, havendo necessidade de possíveis mudanças na rotina familiar e demandando grande atenção dos cuidadores.

O diagnóstico da anemia falciforme é feito com um exame chamado eletroforese de hemoglobina, incluído desde 2001 no teste do pezinho para garantir o diagnóstico precoce. "Detectar a doença logo no nascimento dá a chance de as pessoas com anemia falciforme serem tratadas desde o início, antes mesmo da manifestação dos sintomas. O diagnóstico e tratamento precoces têm papel fundamental na redução dos riscos de sérias complicações de saúde na vida adulta, completa Dr. Rodolfo Cançado. Em alguns casos, pode ser realizado o transplante de medula óssea, porém, ainda assim, o paciente precisará de acompanhamento clínico e laboratorial por longo período.




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