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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Novos inimigos no combate ao tabagismo



Depois de celebrarmos avanços importantes com o Projeto Fumo Zero o momento é de atenção com novas modalidades e produtos que a indústria tabagista apresenta. O desafio da Associação Médica do Rio Grande do Sul, como instituição líder neste âmbito, é manter seus diretores, colaboradores e associados atentos a novos desafios propostos pela Indústria do tabaco como cigarros eletrônicos, tabaco aquecido. narguilé e outros dispositivos de inalação. O 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco, é uma oportunidade para esta reflexão. Por isso, estamos lançando na AMRIGS uma nova etapa do Projeto Fumo Zero. Deveremos promover muita informação e mobilização para não perdermos o terreno conquistado.

O projeto foi iniciado em 2003 tendo como pilares (1) a Proteção do fumo passivo - para que os não fumantes não se exponham à fumaça ambiental do tabaco, (2) a Prevenção do Tabagismo - evitar que o jovem inicie e se torne dependente, e (3) o Tratamento - para auxiliar os fumantes a pararem. O principal recurso para atingir estas metas é o trabalho coordenado de uma equipe e a forte atuação junto a mídia.

A partir de 2003, com a liderança e atuação da AMRIGS através do Projeto Fumo Zero em parceria com outras Instituições (governamentais e ONGs), conseguiu-se diversos avanços como ratificação pelo Brasil da Convenção Quadro da OMS (2005), aprovação de Lei Antifumo mais completa (Lei Federal 12.546/2014), proibição de aditivos por decisão da ANVISA, e outras ações estabelecidas pela Convenção Quadro. Como consequência destas e outras ações em rede, a prevalência do tabagismo entre adultos, nas últimas três décadas, reduziu de 35% para 10%, o que é muito significativo.

Acredito que o conhecimento sobre o tema existe, ainda que não muito ostensivo devido aos problemas da educação básica. O que mais falta é atitude de governantes e políticos. Tudo fica bem mais reforçado com o exemplo de retidão e comprometimento das lideranças. O Projeto Fumo Zero precisa voltar a ser um grande foco da AMRIGS e da população devendo permear todos os segmentos.



Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva
Coordenador do Projeto Fumo Zero da AMRIGS

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