Levantamento mostra que tíquete médio
do e-commerce Cross Border é de R$ 499,75, 13% mais que a média do
comércio eletrônico brasileiro
O E-commerce Cross Border é uma
realidade e também um caminho para quem deseja internacionalizar suas
operações. Cada vez mais sites americanos e chineses oferecem produtos com
lojas online traduzidas para o português e preços em muitos casos inferiores
aos praticados no Brasil, com fretes e tempo de entrega considerados
satisfatórios pelo consumidor brasileiro. Será que o mercado brasileiro está
preparado para essa evolução do consumidor?
De
acordo com o estudo “O consumidor brasileiro e suas compras no E-commerce Cross
Border”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em
parceria com a Ferraz Pesquisa de Mercado, 59% dos e-consumidores estão
comprando mais em sites e apps estrangeiros em relação a 12 meses atrás e 68%
declararam que pretendem comprar mais no futuro. “O e-commerce brasileiro
precisa estar atento à concorrência com sites estrangeiros, pois o consumidor
não vê as fronteiras e o tempo de espera pela entrega como barreiras”, afirma
Eduardo Terra, presidente da SBVC.
As compras em sites internacionais
alcançam volumes expressivos: o tíquete médio da última compra em sites ou
aplicativos estrangeiros foi de R$ 499,75, 13% acima do tíquete médio do
e-commerce brasileiro. Em média, os consumidores fizeram compras Cross Border 2,59
vezes nos últimos 12 meses. “Os brasileiros compram mais que o dobro do limite
de isenção de US$ 50, o que mostra que as vantagens de preço e exclusividade de
produtos são um forte impulso às vendas Cross Border”, comenta o presidente da
SBVC.
O estudo mostra que as categorias mais
compradas em sites internacionais são Eletrônicos (41%), Vestuário (37%) e
Beleza (35%), sendo o AliExpress (30%) o principal site da preferência do
consumidor, seguido pela Amazon (25%) e Wish (23%). É perceptível o crescimento
das compras por meio de aplicativos (34%), pois os usuários percebem mais
facilidade no momento da compra. Seguindo a jornada do consumidor, prazo de
entrega foi cumprido para 78% dos entrevistados, sendo que 48% esperaram mais
de 60 dias para a entrega feita no próprio endereço no Brasil.
Ainda sobre prazos de entrega, 55%
pagariam mais para receber em menos tempo no máximo 30 dias (prazo considerado
ideal para 71% dos entrevistados). “O tempo de entrega surgiu como um ponto
negativo para os 41% de entrevistados que compraram menos nos últimos 12 meses.
Existe uma oportunidade para o e-commerce nacional ganhar competitividade na
competição com a concorrência global, que é o prazo de entrega”, diz Terra.
Metodologia
O estudo entrevistou 427 consumidores
em todo o país, e teve como objetivo entender o comportamento do consumidor
brasileiro no comércio online estrangeiro.
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