Contrabando faz
governo perder R$ 11,5 bilhões em impostos sobre o tabaco
Indústrias
legalizadas, pagadoras de impostos e cumpridoras das normas sanitárias são
prejudicadas pelo comércio ilegal
No ano passado, 54% dos cigarros consumidos no
Brasil eram de origem ilegal, sendo 50% contrabandeados do Paraguai e o
restante produzido por indústrias que operam irregularmente no País. As
informações são do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope)
em pesquisa encomendada pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial
(Etco). Os dados mostram que o impacto financeiro é gigante. Somente com
cigarros, em 2018, a Receita Federal arrecadou R$ 11,4 bilhões no ano, mas a
evasão fiscal foi de R$ 11,5 bilhões em função do mercado ilegal. Conforme
Edson Vismona, presidente-executivo do Etco, a liderança de mercado do cigarro
ilegal leva a uma evasão fiscal que supera a arrecadação. "Os cofres
públicos estão perdendo somas maiores do que os valores arrecadados",
salienta.
Todos os índices confirmam que o consumo de cigarros ilegais no Brasil ultrapassou o mercado legalizado, das indústrias que pagam impostos, oferecem empregos formais e estão submetidas a rígidos controles de qualidade. A informação é destaque neste 3 de março, Dia Nacional de Combate ao Contrabando, quando o setor do tabaco lamenta o incremento do mercado clandestino, pois o cigarro é um dos produtos mais contrabandeados pelas fronteiras brasileiras.
Segundo Iro Schünke, o combate ao mercado ilegal é um trabalho que precisa ser feito por todos, do governo aos órgãos de fiscalização e da polícia à população, pois o problema afeta os interesses nacionais. "Além de todas as questões econômicas, o contrabando acaba também colocando no mercado produtos sem nenhum tipo de controle", acrescenta.
Um dos motivos do contrabando de cigarros do Paraguai é o alto custo Brasil desses produtos. Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Barros, a carga tributária sobre os cigarros no Brasil fica em torno de 80%, enquanto no Paraguai é de apenas 16%. "Não bastasse isso, as indústrias instaladas no Brasil não conseguem competir com os custos indiretos e diretos da fabricação desses produtos no Paraguai", diz.
Todos os índices confirmam que o consumo de cigarros ilegais no Brasil ultrapassou o mercado legalizado, das indústrias que pagam impostos, oferecem empregos formais e estão submetidas a rígidos controles de qualidade. A informação é destaque neste 3 de março, Dia Nacional de Combate ao Contrabando, quando o setor do tabaco lamenta o incremento do mercado clandestino, pois o cigarro é um dos produtos mais contrabandeados pelas fronteiras brasileiras.
Segundo Iro Schünke, o combate ao mercado ilegal é um trabalho que precisa ser feito por todos, do governo aos órgãos de fiscalização e da polícia à população, pois o problema afeta os interesses nacionais. "Além de todas as questões econômicas, o contrabando acaba também colocando no mercado produtos sem nenhum tipo de controle", acrescenta.
Um dos motivos do contrabando de cigarros do Paraguai é o alto custo Brasil desses produtos. Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Barros, a carga tributária sobre os cigarros no Brasil fica em torno de 80%, enquanto no Paraguai é de apenas 16%. "Não bastasse isso, as indústrias instaladas no Brasil não conseguem competir com os custos indiretos e diretos da fabricação desses produtos no Paraguai", diz.
PROTOCOLO CONTRA O CONTRABANDO - Em outubro de 2018 ocorreu a 1ª Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco (MOP1 - Meeting of the Parties), sequencialmente à 8ª Conferência das Partes (COP8) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT). Reunindo os 44 países que haviam ratificado o Protocolo até então, as tratativas foram sobre a cooperação internacional no combate ao comércio ilícito de tabaco. Algumas medidas foram aprovadas, como a criação de um grupo de trabalho para estabelecer um sistema global de rastreamento do contrabando. O Brasil aderiu ao protocolo em maio de 2018.
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