Médico explica as
consequências que o horário de verão pode causar no organismo e dá dicas de
como se preparar para a mudança na rotina
O horário de verão de 2018, que teve início no dia
4 de novembro, chega ao fim neste domingo, 17. A mudança de uma hora no relógio
pode causar impactos no organismo, como no bem-estar durante o dia e a
diminuição de horas de sono.
Mesmo com um horário de verão mais curto este ano,
a dificuldade de adaptação no final continuará presente. As pessoas acabam
dormindo mais tarde na noite de sábado para domingo, o que pode ter como
consequência a insônia e o acúmulo do sono, acarretando a falta de atenção e
concentração.
De acordo com Paulo Rocha, clínico geral do
Hospital Santa, a alteração de horário também pode acentuar os quadros de
depressão, pois os neurotransmissores responsáveis pelo humor e bem-estar,
serotonina e dopamina, são secretados em um tempo determinado por nosso relógio
biológico e essa alteração no relógio social afeta o horário desta secreção.
Além do cérebro, nosso coração também pode sofrer
consequências. Segundo cientistas da Universidade do Alabama, a mudança
repentina de horários aumenta em 10% as chances de ataques cardíacos. Segundo a
Sociedade Brasileira de Cardiologia, os hormônios adenérgicos são mais
liberados quando há uma diminuição nas horas de sono, podendo causar espasmos
na artéria do coração. Do mesmo modo, acontece um aumento na produção de
citocinas pró-inflamatórias e a inflamação associa-se com a expansão das placas
nas artérias.
Como se acostumar com as mudanças de horários?
Segundo o clínico geral, para retomar o ritmo
normal o corpo precisa de um tempo de adaptação. A forma ideal seria ajustar
sua rotina e dormir mais cedo por, pelo menos, uma semana antes do término do
horário de verão. Assim, seu corpo teria tempo suficiente para se acostumar com
a alteração no relógio. Como muitas vezes isso não é possível, o médico listou
abaixo algumas dicas para diminuir os efeitos causados pela mudança, como por
exemplo:
- Desconecte-se e evite aparelhos eletrônicos antes
de dormir, pois a luz azul na retina atrasa a produção de melatonina, o
hormônio do sono.
- Jante mais cedo e dê preferência a refeições mais
leves, de fácil digestão.
- Evite a prática de atividades físicas pesadas no
período noturno. Sempre que possível, opte por exercícios mais calmos, com
técnicas de respiração, como ioga e pilates.
- Tenha cautela com alimentos estimulantes após às
18h como café, chá preto e chocolate, pois costumam dificultar o início do
sono.
Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11)
3040-8000
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